Agronegócio

Cultivo ganha mais proteção

José Aparecido da Silva é um pequeno produtor rural de Juranda, noroeste do Paraná, e visitou o Show Rural com um grande objetivo: conhecer um pouco mais sobre o sistema de produção de verduras e temperos hidropônicos. Ficou encantando. “A gente planta hortaliças, mas da forma convencional, na terra. Queremos migrar para este sistema porque não tem perda e dá para produzir o ano inteiro”, disse, ao se referir ao cultivo em estufas, um dos exemplos estimulados pelo Instituto Emater em ambiente protegido, que estão sendo exibidos no Parque Tecnológico Coopavel, em Cascavel.

No sistema hidropônico, no qual a planta não tem contato com a terra, além de suspenso, ele é irrigado continuamente.

Quanto às hortaliças, o destaque ali vai para o chamado tutoramento, que funciona como um suporte na condução de água para o feijão vagem, pepino tutorado para conserva e o japonês, melão e minimelancia, esta presente na demonstração de três cultivares, sendo uma de polpa amarela, uma sem sementes e uma de casca escura.

O melão também aparece como uma excelente alternativa à diversificação. Na estufa experimental, ele está em quatro cultivares do tipo cantaloupe e honeydew.

Pimentões e tomates: coloridos, apetitosos e rentáveis

O Instituto Emater montou no Parque Tecnológico Coopavel uma série de estufas diversas opções para a diversificação da produção e de geração de renda. “São excelentes possibilidades para aumentar a renda e produzir, no caso dos tomates e do pimentão, durante dez meses por ano”, explica o agrônomo João Carlos Bachio.

Na estufa mais colorida de todas há 21 cultivares de tomate, variando do tipo salada, italiano e mesa nas cores vermelha, além dos minitomates de vários formatos nas cores vermelha, laranja e amarela.

Quanto aos pimentões, eles embelezam e encantam nos tons de verde, amarelo, laranja e vermelho.

Os pimentões grandes aparecem nas cores verde, vermelha, amarela e laranja, enquanto os minipimentões são amarelos e laranjas. “Com exceção do verde, são cultivos que levam mais tempo, mas são vendidos como produtos selecionados. Em uma estufa como a que temos, o investimento é de R$ 60 mil, mas nela não existem perdas. A planta não fica diretamente exposta ao sol, à chuva, ao frio, ao calor. Assim, a estrutura pode se pagar em pouco tempo, porque permite vários cultivos no ano, além de acomodarem mais de um tipo de cultivo ao mesmo tempo”, acrescenta o agrônomo do Instituto Emater.

A delícia das frutas

Os morangos cultivados no sistema semi-hidropônico, com plantio em sacolas, sobre bancadas de madeira, também aparecem como excelente opção para cultivo em estufa.

No sistema de irrigação e nutrição do morango semi-hidropônico, destaque para o ambiente de cultivo protegido: “São possibilidades altamente atrativas e que servem para diversificar a propriedade. Com isso, se evita, por exemplo, que os filhos deixem o campo em busca de emprego e renda. Assim, é possível tornar a pequena propriedade cada vez mais viável e rentável”, afirma o agrônomo João Carlos Bachio.