Cotidiano

Sem tempo e dinheiro, mutirão pode ocorrer só em algumas áreas

LirAa deve ser realizado em todos os bairros do dia 17 a 19 de outubro

Cascavel – A falta de tempo hábil e de dinheiro deve mudar a forma de o Município realizar o mutirão de limpeza contra a dengue. A informação foi repassada a O Paraná pelo secretário de Saúde, Reginaldo Andrade.

Segundo ele, a ação deverá ser concentrada nas regiões da cidade em que existem mais casos da doença ou ainda possibilidade de proliferação do mosquito. “Falta menos de 90 dias para o término da gestão e não teremos tempo hábil para isso e também recursos, já que a ação demanda o envolvimento de várias secretarias”.

Conforme Reginaldo, durante o mês de novembro algumas ações devem ser desenvolvidas para conscientizar a população. “Na próxima semana vamos definir o que será feito, mas sabemos que pode ser somente uma ação de conscientização, educativa, de limpeza, ou outra forma de alertar a população para a proximidade com o verão”.

O secretário ressaltou ainda que por enquanto a situação em Cascavel é considerada tranquila, com 107 notificações, sendo 25 descartadas e apenas cinco casos confirmados de dengue no atual ciclo epidemiológica que se iniciou em agosto. “Estamos tranquilos por enquanto, mas temos que nos preparar para o verão. Os meses mais críticos vão de dezembro a fevereiro, onde o calor é intenso e, se chover e tivermos lixo acumulado, com certeza os números devem ser semelhantes ou até maiores do que no boletim passado”.

Questionado em relação ao LirAa (Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti), o secretário disse que ele deve ocorrer nas próximas semanas. “O levantamento deve ser realizado em todos os bairros do dia 17 a 19 de outubro e com base nos números obtidos no levantamento, vamos traçar as próximas ações a serem desenvolvidas no combate do mosquito Aedes aegypti”.

Conforme o informe técnico divulgado ontem pela Secretaria de Saúde, Cascavel conta com cinco casos autóctones (contraídos no município) de dengue e outros 77 seguem em investigação. Já os casos de febre chikungunya e zika vírus foram oito notificações cada, sendo duas de chikungunya descartados e três de zika descartados. Os demais estão sob investigação.

Paraná tem 77 casos

A Secretaria Estadual da Saúde divulgou também os números da dengue em todo o Estado. De agosto até agora foram confirmados 77 casos, 66 autóctones e 11 importados, além de 2.220 notificações. Entre as três regionais de saúde do Oeste (Foz do Iguaçu, Cascavel e Toledo) foram confirmados 14 casos e 361 suspeitas. A 20ª Regional de Saúde de Toledo é a que, até o momento, registrou o maior número de casos, com sete confirmações, seis autóctones e um importado. 

Gripe estabiliza no Oeste

De janeiro a outubro o número de confirmações de gripe no Paraná chegou a 1.159. O vírus H1N1 responde por 92,1% dos casos em todo o Estado, somando 1.063. O restante divide-se entre InfluenzaA não subtipado, com 57 confirmações, Influenza B (29), Influenza A H3(4) e Influenza A Sazonal (1). Em relação às mortes, foram 233 causadas pelo vírus da Influenza – 214 delas por H1N1.

Apesar de altos, os números estabilizaram com a chegada da primavera e o consequente aumento das temperaturas, o que a partir de agora facilita o controle da doença. É o que foi visto no último boletim epidemiológico da Sesa, em que apontou apenas um novo caso de gripe na região. Ao todo, o vírus da Influenza foi diagnosticado no Oeste em 138 pessoas, 117 casos de H1N1, além de 54 óbitos.