WASHINGTON – O Fundo Monetário Internacional (FMI) não vai participar do programa de resgate à Grécia, mas deve aceitar o status de conselheiro, com alcance limitado, disseram duas fontes com conhecimento do assunto.
Por mais de um ano, o Fundo vem se resguardando a respeito dos termos com os quais concordaria para tomar parte no socorro, argumentando que, sem um alívio para as dívidas, as exigências para o resgate são irrealistas. Porém, cada vez mais, vem se conformando com a resistência da Europa a fazer concessões e, agora, está em negociações para aceitar a recém-criada regra permitiria uma participação limitada no acordo.
O formato da contribuição do FMI no programa ainda não está bem definido. ?O fundo será mais que um conselheiro?, disse uma fonte, mas não trabalhará com condicionamentos, como a checagem trimestral da saúde financeira do país. O organismo faria, por exemplo, o desenho de certos acordos e nos documentos da negociação, fazendo a coordenação entre os gregos e a União Europeia. ?Eles não vão colocar dinheiro no programa, mas não se limitarão a dar assistência técnica?, disse a fonte. ?Provavelmente, terão um papel de conselheiro especial, especialmente criado para o resgate grego?, disse outra pessoa.
As negociações entre a Grécia, seus credores europeus e o FMI têm se mantido num impasse desde que o ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schaeuble, insistiu que o FMI tomasse parte do acordo, mas rejeitou os pedidos da diretora-gerente do Fundo, Christine Lagarde, para que aceitasse uma grande reestruturação do débito grego.