Cascavel e Paraná - A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (17), a Operação Crash, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa voltada ao contrabando sistemático de cigarros eletrônicos (vapers). A investigação revelou que o grupo utilizava veículos de luxo locados como estratégia para dificultar a identificação pelas forças de segurança.
As investigações foram iniciadas após ação conjunta entre a Polícia Federal e o Batalhão de Polícia de Fronteira (BPFRON), em 14 de janeiro de 2025, na região de Cascavel/PR. Na ocasião, um dos veículos utilizados para o transporte ilegal de cigarros foi interceptado pelas equipes policiais. Durante a tentativa de abordagem, um dos integrantes do grupo empreendeu fuga em alta velocidade, realizando manobra extremamente perigosa que resultou em grave colisão entre o automóvel, uma viatura do BPFRON e uma viatura da Polícia Federal. O impacto causou lesões em agentes públicos, destruição total do veículo da PF e danos significativos à viatura estadual.
Investigação e Estrutura Criminosa
A partir do flagrante, os elementos reunidos pela equipe de investigação indicaram a existência de uma estrutura criminosa bem-organizada, com divisão de tarefas e logística sofisticada, empregando veículos de alto padrão para o transporte da carga ilícita com o intuito de driblar barreiras policiais e evitar apreensões.
O nome da operação, “Crash”, faz alusão direta ao acidente provocado por um dos membros do grupo durante a fuga, evidenciando o desprezo pela vida dos agentes públicos e da população, além do grau de periculosidade da atuação criminosa.
Medidas Judiciais e Financeiras
Durante a fase ostensiva da operação, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão preventiva, expedidos pela Justiça Federal. Também foi determinado o bloqueio de bens, contas e veículos dos investigados, com valor estimado de até R$ 5 milhões por indivíduo, medida que visa o desmonte do poder financeiro da organização criminosa e o ressarcimento dos danos causados ao patrimônio público.
A Polícia Federal ressalta que a repressão ao contrabando de cigarros eletrônicos não apenas visa proteger a saúde pública e a economia nacional, mas também busca coibir o avanço de organizações criminosas que atuam com violência, colocando em risco a integridade dos agentes de segurança e de toda a sociedade. A ação representa mais um passo no enfrentamento qualificado à criminalidade organizada na região de fronteira.
Fonte: SOT