O crescimento da demanda global por energia, água e alimentos é um fenômeno que vem ocorrendo há décadas, tendo aumentado nos últimos anos principalmente em função do aumento populacional, do incremento da classe média, da maior longevidade e das mudanças no comportamento dos consumidores.
A produção de alimentos está no centro dessa agenda mundial e a assistência técnica é fundamental no processo de desenvolvimento e da atividade agropecuária, uma vez que é o instrumento de conhecimento de novas tecnologias geradas pela pesquisa, promovendo assim o incremento econômico e sustentável da produção.
Estamos vivendo em um cenário bastante exigente, no qual o mercado de trabalho valoriza e dá o devido foco àqueles profissionais que se preocupam em preencher as lacunas de competências e atender de maneira rápida e eficaz às suas demandas.
Como estratégia governamental o Estado Brasileiro criou diversas políticas regulando e incentivando o setor agropecuário. Dentre as políticas criadas está a Lei 8.171/1991, a qual trata do processamento, comercialização, serviços e insumos agrícolas, pecuários, pesqueiros e florestais, tendo como objetivo o gerenciamento e utilização dos recursos naturais de maneira que seja cumprida a função social e econômica da propriedade. Para isso, a atividade agrícola deve ser orientada por profissionais habilitados, tendo em vista que compreende processos físicos, químicos e biológicos inseridos nas capacidades técnico-científicas desses profissionais.
Já a Lei 4.829/1965 que institucionaliza o Crédito Rural, tem por objetivos o aumento ordenado dos investimentos rurais, o custeio oportuno da produção e comercialização, o fortalecimento dos produtores rurais, a adequada defesa e conservação do solo, e ainda, o mais importante diz respeito ao incentivo de introdução de métodos racionais de produção com a finalidade de aumentar a produtividade e melhoria do padrão de vida, sendo assim de fundamental importância estudo de viabilidade a ser realizado por profissional habilitado.
Dessa forma, os profissionais da agronomia desempenham um papel fundamental na difusão do conhecimento científico e na aplicação de novas tecnologias externas para o manejo sustentável dos ecossistemas. Com suas atribuições técnicas, são responsáveis por promover o aumento da produtividade, a conservação dos recursos naturais e a previsão econômica da produção agropecuária. Além disso, sua atuação é essencial para garantir que as políticas públicas do setor sejam devidamente aprovadas, garantindo o equilíbrio entre desenvolvimento econômico, responsabilidade social e sustentabilidade
Por Daniel Galafassi
O autor é Engenheiro Agrônomo, presidente da APEPA (Associação Paranaense de Planejamento Agropecuário) e diretor de Relações Institucionais da FEAPR (Federação dos Engenheiros Agrônomos do Paraná).