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Iniciou no sábado (23), a cobrança da tarifa de pedágio nas estradas que fazem parte dos lotes 1 e 2, da nova concessão das rodovias do Paraná, o PR Vias. No total, foram 11 praças de pedágio que tiveram as cobranças retomadas. Os lotes são administrados pela concessionária Via Araucária e EPR Litoral Pioneiro.
No entanto, a cobrança não foi comemorada pelos motoristas, que, segundo informações, enfrentaram diversos problemas, como engarrafamentos, preço alto e falta de manutenção básica, conforme informou o deputado estadual Arilson Chiorato, que foi um dos parlamentares que mais recebeu reclamações sobre o retorno das cobranças.
O valor da tarifa mais cara é no trecho que liga Curitiba a Paranaguá, pela BR-277, com o valor de R$ 22,60, na praça de São José dos Pinhais. Na concessão anterior, o valor nesse mesmo trecho era de R$ 23,30, ao final do contrato.
O Governo do Paraná informou que não realizou nenhum balanço de atendimentos nesse primeiro final de semana de cobrança de tarifas e que a fiscalização será de responsabilidade da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres).
Ainda, nos próximos meses serão instalados contadores veiculares, um sistema semelhante ao antigo pedagiometro.
Valores cobrados nas praças
No lote 1, com 473 quilômetros de rodovias federais e estaduais pedagiadas, administrado pela Via Araucária, a tarifa para a categoria 1, de automóveis simples, será de R$ 8,70 em São Luiz do Purunã (BR-277), R$ 11,50 na Lapa (BR-476), R$ 10,90 em Porto Amazonas (BR-277), R$ 10,00 em Imbituva (BR-373) e R$ 10,20 em Irati (BR-277).
Já no lote 2, sob responsabilidade da EPT Litoral Pioneiro, a tarifa básica será de R$ 22,60 em São José dos Pinhais (BR-277); R$ 12,00 em Jacarezinho (BR-153 e BR-369); R$ 11,40 em Carambeí (PR-151); e R$ 7,60 em Jaguariaíva (PR-151).
Cobrança suspensa
Ainda durante o final de semana, a Justiça Federal concedeu uma liminar para isentar os moradores do bairro Marques dos Reis, localizado em Jacarezinho, do pagamento de pedágio na praça situada no cruzamento entre a BR-369 e BR-153. Isso porque o bairro fica justamente entre as duas rodovias. A decisão da Justiça Federal reconheceu que os moradores foram prejudicados em seu direito de locomoção, tendo que arcar com o custo do pedágio para acessar serviços básicos na cidade.
A Justiça Federal determinou que o município faça o cadastramento dos moradores do bairro, com a devida identificação, e repasse os dados à concessionária. Assim, a concessionária deverá permitir a livre passagem das pessoas cadastradas pela praça de pedágio.
Via Araucária se explica
Em nota postada em suas redes sociais, ainda no sábado (23), a Via Araucária informou que “todas as cabines de pedágio e as pistas de cobrança automática estão operando normalmente”. Segundo a nota, em relação às filas nas proximidades da praça de São Luiz do Purunã, “foi identificado um problema pontual com algumas máquinas de cartão, que necessitam de reinicialização por parte das operadoras, mas que já está sendo solucionado”. Justificou ainda que, “devido a muitos usuários com dúvidas sobre o início das cobranças – o que está sendo prontamente esclarecido pelos operadores -, o tempo de passagem pelas cabines também acaba por aumentar”. Por último, a concessionária afirmou que indetnficou que “alguns usuários sem a tag (adesivo para cobrança automática) estão posicionando seus veículos incorretamente nas pistas destinadas a essa forma de pagamento, o que tem causado transtornos aos demais motoristas”.