RIO – O técnico do Brasil, Bernardinho, pode respirar aliviado. É que Lucão, que havia sentido dores no joelho direito no confronto contra o México, na manhã deste domingo, não está lesionado. O atleta passou por bateria de exames e não foi constatada contusão. Segundo o médico da seleção, Ney Pecegueiro, o atleta tem apenas uma inflamação no local e fará fisioterapia. Também será poupado do treino desta segunda-feira para poder entrar em quadra na terça-feira contra o Canadá. Brasil vence o México no vôlei masculino
Bernardinho lembrou que em várias outras edições de Jogos Olímpicos teve atletas machucados e que tem de trabalhar com o time que está à disposição. Vôlei neste domingo dia 7
– Nunca foi fácil. Não tem uma Olimpíada que eu não tenha passado sem uma contusão no elenco Em 1996, perdi a Hilma, no segundo jogo, contra Cuba, e quase perdi a Ana Moser que teve uma contusão no joelho nesse mesmo ano. Em 2000, tive Fofão e Virna em condições bastante difíceis. Fofão não jogou na estreia por causa do tendão de Aquiles. Em 2004, perdi o Nalbert e teve Rodrigão nesse mesmo ano quase fora. Em 2008, perdi o Anderson antes da final com torção de tornozelo, e em 2012, Giba teve fratura por estresse, e Vissoto sentiu na quartas-de-final e ficou fora. Depois sentiu o joelho na final – enumera o treinador. – Preciso trabalhar com as armas que tenho. Não exite drama, dificuldades sim. Não adianta ficar “Ai meu Deus…” Vamos buscar uma solução.
Após a partida, em que o Brasil sofreu para vencer o México por 3 a 1, Lucão disse que sentiu dores ao sacar:
– Senti o joelho direito quando caí ao sacar, deu uma fisgada no tendão. Espero que seja só a boa e velha tendinite dando uma reclamada. Porque dói para pisar, rodar, para fazer tudo. Mas é normal. Convivo com dores. Espero estar em quadra para enfrentar o Canadá. Se não, vão ter de colocar o William (levantador reserva) de meio de rede e vai ser complicado – brincou Lucão, já que Maurício Souza, outro central, está lesionado e só entrará em quadra no final desta etapa ou na fase seguinte.
O único central em plenas condições físicas é Éder.
Sobre a atuação instável na estreia, ele disse que o Brasil foi mal no bloqueio e saque. E que foi difícil se ajustar ao México porque o Brasil nunca havia jogado contra esta equipe.
– Nunca jogamos contra eles e até nos adaptarmos, conseguimos fazer alguns bloqueios durante a partida. Mas no primeiro set não conseguimos nos ajustar Bloqueio é algo que se precisa fazer com lucidez. Pessoas muito emocionais, em geral, não são bons bloqueadores e a tensão ali fez com que o nosso bloqueio fosse ineficiente – analisou o técnico. – Hoje era a estreia mas era uma final. Porque se perde, poderia condicionar toda uma trajetória. E contra o Canadá será mais uma final. Tem menos tradição, mas não é menos forte do que as equipes que estão aqui.