É provável que o dia de hoje marque o início da última aventura olímpica do maior medalhista brasileiro ? são dois ouros, duas pratas e um bronze no currículo de Robert Scheidt. O cartão de visitas, no entanto, é ainda mais imponente. O velejador venceu as duas últimas competições na raia da Baía de Guanabara, em julho. Favorito? Não para Scheidt. A bola da pressão esquenta nas mãos dos adversários.
Aos 43 anos, Scheidt chega ao Rio com um rival feito a sua semelhança. O britânico Nick Thompson, que fará sua estreia em Olimpíadas, é o atual bicampeão mundial do Laser ? as mesmas credenciais apresentadas pelo brasileiro quando disputou os Jogos de Atlanta-96 e levou o ouro.
VENTO CAUSA PROBLEMAS NAS ARENAS
? Nick é o favorito por causa dos resultado. É bicampeão mundial, vem velejando muito bem e foi o mais constante do Laser este ano. Mas o jogo tem que ser jogado na hora. Talvez seja a primeira Olimpíada que eu não chego como favorito. É uma coisa diferente para mim, mas não me tira nenhuma possibilidade ? disse Scheidt.
Diante da chance de conquistar o sexto pódio, e ficar com uma medalha a mais que Torben Grael, Scheidt não hesita:
? Estou aqui para brigar por medalha. Não quero pensar em idade, recorde, nada. Estou muito bem preparado, mas estamos falando dos Jogos Olímpicos. A concorrência é muito forte.
As regatas serão disputadas a partir das 13h. Serão duas provas no Laser, de Scheidt, e no Laser Radial, com a brasileira Fernanda Decnop. As pranchas a vela do RS:X também começam a disputa hoje, mas com três regatas. Patrícia Freitas e Ricardo Winicki, o Bimba, representam o Brasil.