HAVANA – O governo de Cuba anunciou nesta terça-feira que ampliará o acesso à internet para residências após décadas de proibição, com um plano que oferecerá conexão a casas do centro da capital Havana antes do fim do ano, segundo a imprensa estatal. O plano está previsto em bairros da região de Havana Velha, na capital, e vai incluir inicialmente cerca de “2 mil usuários” e estará pronto antes do fim de dezembro, afirmou Euder Monier, chefe de marketing do empresa pública de telecomunicações, Etecsa.
“O acesso à internet nos lares cubanos é uma realidade que parece estar à porta, em especial para os moradores do município de Havana Velha”, indicou uma reportagem da estatal Agência Cubana de Notícias.
A maioria dos cubanos não tem permissão para acessar a internet em casa, com exceção de médicos, jornalistas e acadêmicos, que precisam de uma certificação das autoridades governamentais.
Monier, que não mencionou a tarifa de preços, disse também que “continua trabalhando na causa para oferecer internet nos celulares (…) um serviço que deve estar disponível a partir de 2017.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, inlcuiu as telecomunicações como uma das prioridades de seu governo na nova relação com Cuba, ao permitir que companhias do país façam negócios ligados à internet com a ilha.
Atualmente, Cuba conta com mais de 1 mil pontos de navegação na web, entre eles umas 200 zonas de conexão sem fio (WiFi) como parte de sua estratégia para impulsionar a informatização da sociedade.
A ilha caribenha tem uma das taxas mais baixas de conectividade à internet do mundo, praticamente sem serviço de banda larga nas residências, segundo a União Internacional de Telecomunicações, órgão das Nações Unidas com sede em Genebra.