PARIS – Quatro anos após ajudar François Hollande a chegar ao poder e se tornar um de seus principais conselheiros, Emmanuel Macron deixa o cargo de Ministro da Economia da França, de olho em seu futuro político, a oito meses da eleição para a presidência da França. Para seu lugar, Hollande nomeou o titular de Finanças, Michel Sapin, que assume as duas pastas, informou à Agência Efe o Palácio do Eliseu. MACRON
À sua equipe, Macron disse que saia do posto para ?recuperar a minha liberdade? e focar na construção de um ?plano de transformação? para a França, sem, contudo, falar sobre sua candidatura presidencial, conforme o ?Financial Times?.
Formado em filosofia e ciência sociais, além de administração, Macron, de 39 anos, trabalhou no Rotthschild & Cie Banque antes de entrar no serviço público. Não era conhecido pelo grande público até 2014, quando François Hollande o alçou seu então conselheiro econômico a ministro da Economia.
Logo se tornou conhecido, ao atacar dogmas da esquerda, como a jornada de trabalho de 35 horas. Ele se tornou o ?símbolo de uma esquerda moderna?, disse o ?FT?, ao abraçar reformas e enfrentar uma rebelião socialista no parlamento contra um pacote de leis mais liberais, incluindo maior flexibilidade nas relações trabalhistas.
O ex-ministro criou seu próprio partido político, En Marche!, em abril deste ano, afirmando que a agremiação não era nem de direita, nem de esquerda. ?Um movimento amplamente visto como a preparação para uma candidatura presidencial?, diz o ?FT?. Assim, a demissão de Macron já era amplamente aguardada. ?Foi emocionante e muita gente aplaudiu?, disse ao ?FT? uma pessoa que estava na despedida no ministro.
Ontem, Hollande chegou a pedir a Macron que apoiasse sua tentativa de se reeleger, mas o ministro recusou.