Plano de mobilidade prevê 40 obras e projeta Cascavel para mais 20 anos

Cascavel – A mobilidade urbana dentro de uma cidade, que engloba todos os tipos de transporte, incluindo pedestres, ciclistas, transporte de ônibus e de cargas, individual e de veículos é um tema importante para o crescimento do Município. Para que esse “desenvolvimento planejado” seja utilizado para resolver gargalos e melhorar a mobilidade, o Município de Cascavel contratou, há cerca de 3 anos, uma empresa que realizou um amplo estudo na cidade, resultando em mais de 3 mil páginas de diagnóstico.

Esse estudo técnico e detalhado se transformou no “Plano de Mobilidade Urbana” que foi aprovado em audiência pública pela comunidade, na semana que passou, em encontro realizado no Teatro Municipal Sefrin Filho, com participação de cerca de 200 pessoas. O plano foi sendo construído ao longo dos meses, inclusive sendo realizadas audiências nos bairros, possibilitando a ampla participação popular.

20 anos, 40 obras

A reportagem do Jornal O Paraná conversou com o coordenador de projetos do IPC (Instituto de Planejamento de Cascavel), Marcos Augusto Borges, que detalhou um pouco mais o plano que projeta o sistema “pensando no futuro”. O estudo apresenta problemas da cidade em todos os setores, mas por outro lado, aponta as soluções para que possam ser feitas ações nos próximos 20 anos, problemas que podem ser solucionados no curto, médio e longo prazo.

Segundo Borges, o Plano aponta um total de 40 obras, sendo que algumas delas já estão sendo realizadas, como a obra da Avenida Carlos Gomes, com o novo viaduto da BR-277 e o binário da Rua Alexandre de Gusmão. “Ele aponta inclusive a contagem de veículos, dados que usamos para definir obras, como por exemplo, as que estão sendo realizadas na [rua] Presidente Kennedy”, exemplificou.

O plano também apontou a necessidade da realização de uma melhoria da sincronização dos semáforos da cidade, ação já realizada, e da implantação de um Centro de Operações com as câmeras instaladas na cidade pela Transitar, também em andamento. “Ele aponta o tempo de deslocamento, a quantidade de veículos e o valor que precisa ser investido em cada obra, ou seja, uma forma de otimizar o dinheiro público em pontos que precisam mais de intervenções”, destacou.

Um dos pontos que foi aprovado no plano de mobilidade é a implantação de binários, inclusive a necessidade de ampliação de outros já existentes como, por exemplo, o binário da Rua Manaus com a Rua Belém. Além disso, indicou a necessidade de criação de mais trincheiras, principalmente em pontos que fazem cruzamento com as marginais das rodovias federais (277e 467) no perímetro urbano da cidade, entre eles, as entradas dos bairros 14 de Novembro e Santa Felicidade.

Calçadas e ciclovias

O diagnóstico também apontou que Cascavel precisa melhorar cerca de 110 quilômetros de calçadas e aumentar a quantidade de ciclovias, o que facilita o deslocamento dos bairros ao centro da cidade e vice-versa, sendo que nos próximos 5 anos teriam que ser construídos, primeiramente, 32 km em uma primeira etapa e, na sequência, mais 72 km de ciclovia, com um total de 150 km para os próximos 20 anos.