Opinião

Coluna Juliano Gazola: Do incômodo ao ganho

JULIANO GAZOLA
Destaco a importância de uma abordagem realista e comprometida com o trabalho, combinando aspirações financeiras

“Ora, o que planta e o que rega são um; e cada homem receberá a sua própria recompensa, de acordo com o seu próprio trabalho”.

É abundante a instrução sobre o trabalho presente em nossa fonte. O código escrito pelo Apóstolo Paulo, que na época trabalha junto com seu amigo Apolo mostra as responsabilidades de cada indivíduo pelo plantio.

Devemos lembrar que Deus é responsável pelo crescimento, a nós cabe plantar e regar.

Para muitos, a imagem que formamos em nosso modelo mental de um trabalhador não é das mais confortáveis. Temos na cabeça a imagem do indivíduo que se sacrifica, daquele que serve aos outros para poder servir a sua família.

Há milhões de infelizes, que ficam buscando “trabalhar com o que gosta, para nunca ter de trabalhar”. São clichês da era moderna, que não nos coloca no sentido pleno do trabalho.

O trabalho deve ser uma fonte de virtudes, fonte de amor e não uma fonte de gostinho pessoal. A verdade do mundo real é que sempre teremos que trabalhar, sempre haverá a necessidade do sacrifício, do servir e é impossível fugir disto.

Mesmo que você tenha atingido o nível de trabalhar com o que gosta, você continuará tendo que trabalhar, de aprimorar o que você faz, de cumprir prazos, de lidar com diferentes tipos de pessoas e até mesmo terá que lidar com alguns sapos, ainda que eventuais.

Enfim, o sacrifício continuará a fazer parte e, isto é excelente. Isso mostra que você é um trabalhador que está adquirindo virtudes através do seu trabalho.

Por isto é importante que você não fuja do sacrifício, mesmo trabalhando com o que gosta, assim como avançar nas conquistas das virtudes.

Primeiro devemos saber o valor do sacrifício. A virtude com o trabalho, não é algo insuportável, pois aprendemos a acordar cedo, cumprir prazos, honrar o próprio nome, fazer as coisas mais próximas da perfeição possível. Isto tudo é ouro que traça não come.

Riquezas diárias é diferente de prazer diário. Se o seu prazer é um esporte, a música. Você já parou para pensar no sacrifício que teria que fazer se fosse levar a sério o seu hobby?

Se você fosse transformar seu hobby em trabalho, qual o tamanho da lista de sacrifícios?

É no solo que você esta assentado que se esconde os maiores tesouros, e tal tesouro são as virtudes

As coisas que incomodam você no trabalho, que geram desgaste. O que você ganha com estes incômodos? Talvez você ganhe com mais organização, mais fortaleza, mais paciência, mais aprimoramento.

Cada incômodo gera um ganho específico, pense nisto. E enxergando estes ganhos, você verá alegria em fazer o seu trabalho bem feito.