O Hospital da Universidade Estadual de Ponta Grossa (HU-UEPG) e o Colégio Agrícola Augusto Ribas (Caar) iniciaram nesta terça-feira (15) uma nova parceria para produção de insumos. O hospital começou o processo de doação de resíduos orgânicos para o colégio. O material será utilizado na compostagem da terra para a produção das hortaliças que abastecem o Restaurante Universitário e o refeitório do Centro de Atenção Integral a Criança e ao Adolescente (Caic). Em troca, o Caar irá cultivar ervas para chás terapêuticos para pacientes do hospital.
A parceria faz parte das ações do planejamento de implantar Práticas Integrativas e Complementares em Saúde aos pacientes do HU. Conforme explica a diretora administrativa da unidade, Eliane de Fátima Rauski, dentre essas ações estão a compostagem de resíduos orgânicos gerados pelo Setor de Nutrição do Hospital. “Nosso pensamento está voltado para o meio ambiente, para as parcerias, para a sustentabilidade e para a humanização através da conexão com as memórias afetivas”, ressalta.
Para o diretor do Colégio Agrícola, Alcebíades Baretta, a parceria é mais um exemplo de trabalho em equipe entre os órgãos da UEPG. “Estamos trabalhando a compostagem das nossas terras há algum tempo e o HU agora entra com a doação de insumos. Também contamos com a ajuda da Fazenda Escola para a montagem das camadas das terras para a compostagem”, conta.
Os materiais que chegarem serão triturados em uma nova máquina, que foi adquirida em outubro de 2021. “Nós trituramos para deixar os materiais menores, o que facilita a compostagem. Os alunos irão entrar na construção desses blocos de compostagem e, depois de composto, iremos fazer a cultura das hortaliças e cultivar os chás para o hospital”, destaca.
O composto orgânico é parte da formulação do substrato que irá receber as mudas, conforme Carlos André Stuepp, do Viveiro Florestal da UEPG. É um material rico em macro e micronutrientes essenciais ao bom desenvolvimento das mudas.
“Uma vez maturado, o composto orgânico apresenta características físicas, químicas e biológicas que podem favorecer o bom desenvolvimento radicular e vegetativo das plantas”, ressalta. Em alguns casos, os compostos podem suprir toda a demanda de crescimento do vegetal. “É importante destacar que sua utilização sempre será associada a outros componentes, para que na composição final o substrato possa apresentar características adequadas na produção de mudas”, adiciona.
As ervas produzidas para o chá darão conforto aos pacientes internados no HU. “O chá é utilizado na dietoterapia dos pacientes, para dietas específicas, nas dietas líquidas, pré e pós operatórias e também para a ceia dos pacientes em geral”, explica Wagner Kloster Antunes, responsável pelo setor de Nutrição do hospital. O fato das ervas cultivadas pelo Viveiro da UEPG serem orgânicas também será uma vantagem. “Poderemos servir um chá mais puro e livre de misturas com outras ervas ou outras substâncias que os chás industrializados podem apresentar”, finaliza.
AEN