A direção da Guarda Municipal de Cascavel está investigando a denúncia de que um guarda estaria usando arma de fogo, mais precisamente uma pistola calibre 380, durante uma abordagem na madrugada de sexta-feira (25), na região norte.
A denúncia foi feita via Facebook e chegou ao conhecimento do diretor, o coronel Avelino Novakoski. Segundo ele, um procedimento para apuração preliminar de indícios de ato disciplinar foi instaurado. “Todos os envolvidos, seja o denunciante, as testemunhas e também os servidores serão ouvidos. Todo processo tem um prazo de 15 dias para ser finalizado e pode ser prorrogado por mais 10 dias”.
Mas, e os guardas municipais já podem usar arma de fogo em suas abordagens? De acordo com o coronel ainda não. “Eles não tem porte funcional de arma de fogo, não tem autorização legal para uso de armas letais”.
Avaliação psicológica
Conforme o diretor, o processo de avaliação psicológica dos guardas está em fase final para a elaboração dos ofícios que serão levados ao prefeito Leonaldo Paranhos, que dará ou não os encaminhamentos. “A partir disso, todo processo será despachado para Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba. Lá, já não podemos precisar quanto tempo levará para que seja analisada toda a documentação. Então, não temos como prever quando os guardas estarão trabalhando armados nas ruas de Cascavel”.
A denúncia
Segundo a denúncia feita redes sociais, um grupo de pessoas foi abordado por volta da 1h15 da madrugada de sexta-feira (25), na Praça da Melhor Idade, próximo à UPA (Unidade de Pronto-Atendimento Brasília). Lá, um dos guardas estaria com uma arma de fogo. Questionado a respeito do armamento, o profissional teria dito ‘É sim. De onde veio essa tem mais”, dando a entender que toda corporação estaria armada.
Preparo
Questionado em relação ao preparo dos guardas municipais para utilizar o armamento letal, o coronel Avelino Novakoski ressalta que os profissionais têm sim preparo para isso. “Quando estiverem nas ruas com arma de fogo, eles já terão passado por todas as etapas e estarão aptos para usá-las”.
Segundo ele, além do curso teórico, ministrado por entidades de segurança como, por exemplo, a Polícia Militar, os servidores fizeram instruções de tiro, acompanhadas de perto pelo diretor. “A mesma instrução que é dada para a Polícia Militar foi dada para os guardas. Além disso, o tempo de horas aula que eles tiveram ao longo do curso foi acima do que é exigido pela legislação”.
Poder?
Sobre a reclamação repassada ao Hoje News por parte de algumas pessoas de que os guardas não teriam o chamado ‘poder de polícia’, o coronel disse que eles têm sim esse poder. “Eles foram instruídos para isso, para realizar abordagens para efeitos de busca pessoal, com autoridade de revistar pessoas tanto em via pública quanto em órgãos municipais”.
Truculência
Questionado em relação a uma suporta forma ‘truculenta’ de abordar as pessoas, o diretor disse que o que acontece é que algumas pessoas não gostam de ser revistadas. “Elas se sentem constrangidas e é natural que elas não gostem. Mas é importante deixar claro que os guardas municipais tem toda autonomia para isso e agem conforme a lei determina e conforme o que foram treinados para tal, assim como a Polícia Militar ou a Polícia Civil”.