Fake news? Ai que medo!
Temos uma vocação extraordinária para transformar a bobagem da hora no fato mais importante de todos os tempos. Camuflagem que a rede Globo e outras redes nacionais aproveitam para deitar e rolar: a bolachinha de chocolate encontrada na cela de um preso da Lava Jato recebe mais atenção do que o PCC comandando os presídios de quase todo o País. Um exemplo, apenas.
Agora as tais fake news que poderão acontecer no período eleitoral viraram o it, melhor, a ameaça total e completa ao direito do voto dos brasileiros. Meio mundo realiza seminários, pesquisas e estudos para combatê-las até a morte. Dá até preguiça.
Educação
Ora, uma ou duas boas campanhas da Justiça Eleitoral antes das eleições, alertando sobre o problema, via redes sociais, deixará o eleitor desconfiado e, portanto, preparado para ignorar a enganação on line. E todo o mundo tem celular pra receber as mensagens de alerta, não tem? Pronto! O único jeito de o eleitor brasileiro eleger com segurança é via educação, o que dá a cada um a lucidez na hora da escolha. O resto é tudo fake news mesmo.
Jogo de truco
O senador Roberto Requião, revoltado com o silêncio de Osmar Dias quanto aos seus seguidos gestos para que sacramentar logo uma aliança MDB/PDT, resolveu fazer um jogo de truco: piscou o olho esquerdo, insinuou que estava com o “gato” na mão e soltou o grito matador: “se Osmar não me quiser, vou liberar o partido para apoiar os outros candidatos”, referindo-se, certamente, a Ratinho Jr. (PSD) e Cida Borghetti (PP).
Azia
O “truco” deu azia em velhos emedebistas e requianistas, que acharam o blefe bem despropositado. Eles acham que Osmar Dias não perde nada se não formalizar aliança com o MDB e não adotar Requião como seu candidato oficial a senador.
Conta simples
O raciocínio deles é simples: emedebistas e requianistas de verdade votam no Requião de qualquer jeito e não votam em Cida ou Ratinho de jeito nenhum. Só deixariam de votar em Osmar se o próprio Requião decidisse ser candidato a governador, conforme verbalizou o deputado Antonio Anibelli Neto, líder da oposição e emedebista desde criancinha, ao blog da jornalista Roseli Abrão.
Quadro Negro
O advogado Omar Geha, que vinha negociando com a Procuradoria-Geral da República os termos da delação de Maurício Fanini, deixou a defesa do ex-diretor da Educação, amigo e ex-assessor de Beto Richa, que foi o pivô da Operação Quadro Negro. As razões da saída de Geha não são conhecidas, mas pode ter relação com o fato de que até maio, quando o STF acabou com o foro privilegiado de parlamentares federais e governadores, o inquérito saiu de Brasília e passou a ser conduzido pela primeira instância, em Curitiba.
Dia da Maldade
Hoje é dia de lembrar que:
Michel Temer já é um caso inédito na República: um presidente inexistente
Zé Dirceu livre, Gleisi livre e Lula lendo
Como guardião da Constituição, o STF se superou: guardou e esqueceu
Solidão a dois: Beto Richa é cabo eleitoral de Alckmin no Paraná
Beto Richa x Processos na Justiça: a cada dia, vem mais um
Os procuradores do Paraná podem comprar um Mercedes com 8% de desconto
Os professores do Paraná podem comprar um lápis com 1% de aumento. Sem desconto
Roberto Requião pretende abraçar até o capeta para vencer a eleição em outubro
O problema é que nem o capeta quer ficar abraçado com Requião até outubro
E a notícia estarrecedora: os perus dos paranaenses foram rejeitados por todo o mundo e os últimos exemplares serão abatidos nesta semana em Francisco Beltrão. O que houve, meninas?