Cotidiano

Gestão plena em saúde

Cascavel pretende em um curto prazo implantar a gestão plena da saúde pública. Na prática, isso significa que todos os recursos para o setor sejam administrados pelo Município e não mais pela Sesa (Secretaria de Estado da Saúde). Exemplos de internamento hospitalares.

A medida adotada por outras cidades paranaenses como Foz do Iguaçu e Maringá sempre foi rechaçada no Governo Edgar Bueno, apesar da pressão do governo estadual. E, desde sempre, Cascavel ficou à mercê do Estado quanto ao drama dos leitos hospitalares.

Diante das dificuldades enfrentadas pelo setor, a saída mais adequada para gerir melhor os recursos públicos garantindo o atendimento a todas as especialidades seria a Gestão Plena.

A dificuldade hoje é fazer com que as clínicas e os hospitais atendam os casos que acabam se tornando onerosos devido à defasagem da tabela SUS (Sistema Único de Saúde) – assim evitaria o que ocorre atualmente, onde essas instituições particulares acabam “optando” pelo atendimento apenas de casos mais bem remunerados, como alta complexidade.

No entanto, a implantação depende principalmente da aprovação do Conselho Municipal de Saúde e essa articulação já está em andamento pelo secretário de Saúde, Rubens Griep.

Ontem ele esteve reunido com membros da Comissão de Saúde da Câmara de Vereadores para esclarecer dúvidas e definir estratégias para implantar a Gestão Plena na Saúde.

Inicialmente, uma audiência pública será marcada com o propósito de esclarecer dúvidas de moradores, prestadores de servidos, Conselho Municipal de Saúde e Ministério Público.

A mudança no sistema é ponto crucial para o atendimento no futuro Hospital Municipal de Cascavel (antigo Hospital Jácomo Lunardelli, que temporariamente abrigará a UPA Brasília).

O atendimento hospitalar na estrutura deve começar no máximo em um ano e meio. “Para implantarmos o hospital municipal precisamos ter Gestão Plena da saúde, caso contrário, o hospital terá de ser administrado por consórcio, pois receberá também demanda de outras cidades”, afirma Griep.