Brasília – Em nota divulgada ontem (27), o Ministério da Saúde afirmou que a vacinação de crianças de 5 a 11 anos contra Covid-19 pode começar já em janeiro. O ministério se posicionou a favor da inclusão de pessoas desta faixa etária no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 e formalizará decisão no dia 5 de janeiro.
De acordo com o documento publicado pela Pasta, a imunização do público de 5 a 11 anos, que está em consulta pública até 2 de janeiro, deverá ser realizada com a autorização dos pais ou responsáveis e com a prescrição médica. Assim como aconteceu em outras faixas etárias, a vacinação de crianças deverá priorizar grupos com deficiência permanente ou comorbidades, além de crianças que vivam no lar com pessoas com alto risco de evolução grave de Covid-19. Nas crianças sem comorbidades será realizada a imunização por faixa etária de 10 a 11 anos, 8 a 9 anos, 6 a 7 anos e, finalmente, de 5 anos.
O ministério afirmou ainda que as recomendações foram colocadas em consulta pública com o objetivo de dar transparência e abrir diálogo no processo de ampliação da campanha de vacinação contra a Covid-19. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que o objetivo é esclarecer para sociedade, principalmente pais e responsáveis, sobre a ampliação da vacinação para crianças. “Nós queremos trabalhar para deixar as famílias brasileiras, pais e mães, muito tranquilos para que possam livremente optar por vacinar ou não seus filhos. Teremos a vacina pediátrica da Pfizer, que está sendo aplicada em países como EUA, França e Itália”, completou.
A consulta pública é parte de uma estratégia do ministério, que também contará com uma audiência pública para debate com especialistas em imunização. A recomendação final da Pasta deve acontecer em 5 de janeiro.
Recomendação
No dia 19 de dezembro, a secretária de enfrentamento à Covid, Rosana Leite Melo, enviou uma nota técnica ao STF (Supremo Tribunal Federal) afirmando que a vacina é segura para essa faixa etária. “A recomendação do Ministério da Saúde é pela inclusão das crianças de 5 a 11 anos na Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 (PNO), conforme posicionamento oficial da pasta declarado em consulta pública no dia 23 de dezembro e reforçado pelo ministro da Saúde em manifestações públicas”, diz a nota da pasta, acrescentando: “No dia 5 de janeiro, após ouvir a sociedade, a pasta formalizará sua decisão e, mantida a recomendação, a imunização desta faixa etária deve iniciar ainda em janeiro.”
Beto Preto faz apelo para da vacinação de crianças
Curitiba – O secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, reforçou ontem (27), a necessidade da oferta da vacina contra a Covid-19, para crianças com idades de 5 a 11 anos, como estratégia para garantir maior segurança, controle da pandemia e imunização para a população. “O Paraná foi um dos primeiros estados a pedir a vacinação pediátrica para o combate à pandemia. Reforçamos a importância do diálogo com o Governo Federal e o Ministério da Saúde com respeito. A orientação do governador Ratinho Junior é a vacinação universal e ostensiva, aliada à segurança sanitária para todos os paranaenses.”
O secretário também defendeu a atenção aos cuidados epidemiológicos com a chegada do fim de ano. Mesmo com um grande avanço no enfrentamento à pandemia, sobretudo com a adesão da população à vacinação, a validade em seguir as medidas de proteção, como a higienização e o uso de máscaras, segue afirmativa e com destaque redobrado no período comemorativo.
INFLUENZA H3N2
Além da variante Ômicron, outro tema de relevância é o vírus influenza H3N2. Atualmente, não existe surto de gripe no Estado, e o número de infectados, segundo relatório da Secretaria de Estado da Saúde, são de 38 casos e um óbito até o momento. Apesar da situação não alarmante, o secretário também aproveitou para reforçar a importância da vacinação contra a influenza. “Hoje, o Paraná está acima da média nacional de vacinação, com 70% da população protegida. Ainda possuímos cerca de 700 mil doses da vacina para a gripe e por isso reforço o apelo”, destacou.