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Ministério da Saúde reconhece a falta de vacinas em ofício encaminhado à CNM

Vacinação  -  
Foto:Venilton Küchler
Vacinação - Foto:Venilton Küchler

Brasília – Por meio de uma nota técnica, o Ministério da Saúde reconheceu a falta de abastecimento de vacinas na rede pública, o que tem afetado diretamente municípios de todo o país. A nota foi encaminhada à CNM (Confederação Nacional de Municípios) que enviou um ofício ao órgão questionando esta situação demandada pelos municípios, ocasião em que a pasta já havia afirmando que estaria tratando do tema.

Como base na nota técnica, o Ministério da Saúde detalhou que os problemas enfrentados estão relacionados principalmente à fabricação, à logística e à demanda e que está tentando contornar os problemas, buscando formas alternativas de aquisição, principalmente via OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde).

Previsões

Para vacinas como tríplice viral, HA, HPV, Meningo ACWY, o Ministério prevê a regularização dos estoques para ainda este mês de outubro. Porém, a regularização do estoque para Varicela, Meningo C e Tetraviral está prevista apenas para o próximo ano. Quanto à febre amarela, ainda não há uma alternativa clara para evitar o desabastecimento. Já o imunizante contra a Covid-19 não foi dada uma previsão, pois a licitação está em andamento.

Dessa forma, a nota técnica esclareceu que o desabastecimento existe e a normalização dos estoques, para algumas vacinas, ainda pode levar tempo.

A CNM, que tem atuado ativamente no diálogo federativo em busca de soluções para o aprimoramento das políticas públicas de saúde, com foco na melhoria da qualidade de vida dos cidadãos, destacou a importância do reconhecimento do Ministério em relação ao cenário apontado pela Confederação.

“Creio ter sido muito positivo esse retorno dado pelo Ministério, pois demonstra, em primeiro lugar, a compreensão sobre a realidade enfrentada na ponta, e, em segundo, a disposição para contornar a situação, que é extremamente urgente, já que expõe a população ao risco de retorno de doenças graves”, destacou o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski.

Em falta

Segundo pesquisa, disponível na Biblioteca digital da CNM, realizada no mês passado pela entidade, existe um cenário de falta de imunizantes. Dados da pesquisa com amostragem de 2.415 Municípios apontam faltam vacinas para 64,7% principalmente dos imunizantes destinados às crianças. Alguns sinalizaram a falta de determinados imunizantes há mais de 30 dias, outros há mais de 90 dias.

Casos de meningite em Cascavel

Em resposta à solicitação de informações feita pela reportagem do jornal O Paraná, a secretaria municipal de comunicação informou que Cascavel registrou 40 casos de meningite em 2024, sendo que três deles levaram os pacientes a óbito – dois na faixa etária de 50 a 64 anos e 1 entre 35 e 49 anos. O relatório informa ainda que o maior número de casos é do tipo meningite bacteriana, com 20 notificações neste ano, seguida por 12 do tipo viral.