Saúde

Kalê voltará à Umuarama por causa do coronavirus

A interrupção do campeonato italiano está prevista até dia 3 de abril, mas as atletas que não são italianas optaram por deixar o país para ficar com as famílias

Kalê, do FC Pelletterie, da Itália, volta ao Brasil depois de decretada Zona Vermelha na Itália por causa do coronavirus - Foto: Divulgação
Kalê, do FC Pelletterie, da Itália, volta ao Brasil depois de decretada Zona Vermelha na Itália por causa do coronavirus - Foto: Divulgação

A jogadora de futsal umuaramense Kalê, do FC Pelletterie, da Itália, retornará ao Brasil hoje (11), quando deixará o país por conta da interrupção do campeonato, ocasionada pelas medidas adotadas pelo governo italiano para conter a expansão do coronavírus. A jogadora disse que o governo declarou “Zona Vermelha”, que não chega a ser uma quarentena, mas restringe a movimentação das pessoas para evitar o contágio pela doença. “A gente tem que ficar em casa. Só podemos sair para resolver questões de saúde. Para trabalhar temos que nos deslocar de uma cidade para outra. Para isso é preciso ter um documento justificando o deslocamento”, explica Kalê.

A interrupção do campeonato italiano está prevista até dia 3 de abril, mas as atletas que não são italianas optaram por deixar o país para ficar com as famílias. Academias, ginásios, museus e escolas estão fechados para diminuir o fluxo de pessoas circulando. Calcula-se que a próxima medida do governo italiano seja fechar os aeroportos, contudo, não houve nenhuma informação oficial sobre isso. Sobre o campeonato, que deveria ser encerrado em maio, ainda não há deliberações de como serão reagendadas as partidas que não foram jogadas durante a Zona Vermelha.

A Copa Itália, que aconteceria no próximo fim de semana, também foi cancelada. A atleta, que mora em Florença, disse que a situação, embora seja de aparente gravidade, é tranquila na Itália. “Eles instauraram a Zona Vermelha para dar uma contida”, analisa. A Itália enfrenta a situação mais crítica na Europa em relação ao vírus.  A doença atingiu até agora 9.172 pessoas e provocou a morte de 463, tornando a Itália o segundo país com mais casos depois da China.