Foz do Iguaçu – A Secretaria da Saúde do Paraná divulgou ontem (12) o primeiro boletim de 2021 com os dados do monitoramento da dengue no Estado: são 1.724 casos confirmados no período epidemiológico, que teve início em agosto do ano passado. Embora elevados, os dados são apenas um terço dos registrados no mesmo período de 2020, quando 5.343 pessoas já tinham sido contaminadas pelo Aedes aegypti, e foi quando começou a disparar e culminou com a pior pandemia da história.
Mas uma análise mais acurada dos números é alarmante.
Isso porque a mortalidade está muito mais cruel. No primeiro boletim de 2020, havia duas mortes confirmadas. Agora, são seis: duas em Foz do Iguaçu e uma em Apucarana, Assaí, Cambé e Londrina.
Apesar da queda de 67,7% dos casos confirmados, houve aumento na incidência de DG (Dengue Grave) e DAS (Dengue com Sinais de Alarme). Ano passado, a cada 90 pessoas com dengue, uma tinha a doença com sinais de alarme, contra 1×46 agora. Já a dengue grave triplicou: em 2020 era 1 para cada 296 pessoas, e agora é 1 para cada grupo de 90.
Conforme os boletins, já foram confirmados neste ano 19 pessoas com a forma grave e 37 com sinais de alarme, que são versões mais perigosas da doença. Ano passado, eram 18 e 59, respectivamente.
A Secretaria de Saúde recebeu ainda 19.773 notificações, com mais de 6 mil casos ainda em análise.
A região com maior incidência é a de Paranaguá, com 163 casos, taxa de 52,69 a cada 100 mil habitantes. A epidemia se confirma com taxa de 300/100 mil habitantes.
No oeste, há 501 casos confirmados: 320 na 9ª Regional de Foz, 132 na 10ª Regional de Cascavel e 49 na 20ª Regional de Toledo. O total é 54% maior que o registrado há um ano: 191 na 9ª Regional, 56 na 10ª Regional e 78 na 20ª Regional.
Ano passado não havia registro de mortes nessa região, e agora já são duas.