Terminada a eleição e definida a nova composição da Câmara de Cascavel, já começa a discussão sobre quem assume a presidência no ano que vem. O que parece certo é que a disputa deve ficar entre o próprio PSC, que fez cinco cadeiras, inclusive o mais votado: Rômulo Quintino, com 3.050 votos, e o atual presidente, Alécio Espínola, que teve a quinta maior votação.
No entanto, no total, o prefeito Leonaldo Paranhos (PSC) conseguiu eleger 12 vereadores dentro dos partidos que compuseram sua coligação, ou seja, mais da metade da Câmara.
“A eleição para presidência da Câmara é totalmente diferente da eleição nas urnas pelos eleitores. É outra discussão. Não é automaticamente o mais votado na urna que é o presidente. Tudo passa por uma discussão entre todos os vereadores, é um processo diferente do outro… Claro que temos condições e preparo, mas é uma questão que não depende exclusivamente de mim, mas sim dos demais companheiros”, disse Rômulo.
Quarto vereador mais votado, Celso Dal Molin (PL) diz que vai colocar seu nome à disposição: “Temos seis anos de experiência como vereador, temos conhecimento e sabemos como funciona a casa e podemos ser presidente, com certeza. Vamos discutir, vamos conversar… Não é induzido, mas é conversado, trabalhado e, nessa situação, colocarei o meu nome para apreciação dos demais vereadores”.
Também reeleito, Policial Madril (PSC) faz parte da maior bancada e afirma que o seu partido pode ter o novo presidente da Câmara: “Os 21 vereadores eleitos pensam em ser candidatos [à presidência], só que tem que ter um grupo forte e somos em cinco no PSC. Temos que analisar o que é melhor para o partido. Como nós somos em cinco, provavelmente teremos o presidente e depois nós vamos discutir os outros nomes na Mesa [Diretora]”.
Atual presidente, Alécio diz não ser candidato, mas fala sobre o trabalho feito em sua gestão e em continuidade. “Estou tranquilo. Fiz uma gestão transparente, dei todas as condições para os vereadores, tanto oposição quanto situação, de estarem trabalhando. Uma Câmara equilibrada, tanto é que voltou mais vereadores que na gestão passada. Agora chegaram novos vereadores e vamos nos unir para que possamos dar continuidade a um trabalho equilibrado. Seja eu seja quem for, nós queremos mostrar que o parlamento é importante para o desenvolvimento da democracia. Não sou candidato, não, nós vamos discutir juntos essa questão”, concluiu.
Novos e velhos conhecidos
A nova composição do Legislativo cascavelense possui estreantes e outros que já passaram pela casa. Esses “novatos” também podem se articular para formar outra frente independente e disputar os cargos da Mesa Diretora da Câmara.
Legislatura 2021-2024
Rômulo Quintino (PSC), 3.050 votos
Liliam Faria Porto Borges (PT), 2.855
Serginho Ribeiro (PDT), 2.694
Celso Dal Molin (PL), 2.440
Alécio Espínola (PSC), 2.411
Aldonir Cabral (PL), 2.276
Sidnei Mazutti (PSC), 2.130
Sebastião Madril (PSC), 1.939
Pedro Sampaio (PSC), 1.935
Edson de Souza (MDB), 1.762
Cleverson Sibulski (PROS), 1.747
Valdecir Alcântara (Patriota), 1.688
Nei Haveroth (PV), 1.682
Tiago de Almeida (DEM), 1.535
Vilmar Melo (PP), 1.438
Sadi Kisiel (Podemos), 1.361
Cidão da Telepar (PSB), 1.267
Josias de Souza (MDB), 1.216
Beth Leal (Republicanos): 1.211
Nildo Santello (PTB), 984
Lauri da Silva (Pros), 780
Onze não se reelegeram
Dos 21 vereadores, Paulo Porto disputou a prefeitura e os demais tentaram novo mandato. Dos nove que conseguiram se reeleger, seis fizeram menos votos que na eleição de 2016. Já dentre os 11 que não se elegeram, três tiveram votação maior, mas ficaram fora. Confira como ficou a votação de cada um deles:
***pôr a tabela