Governo investiu em 2020 o maior percentual em Saúde dos últimos 10 anos

O secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, apresentou aos deputados estaduais o Relatório Detalhado do Quadrimestre Anterior (RDQA) do 3º Quadrimestre de 2020, nesta terça-feira (9). A audiência pública é realizada pela Comissão de Saúde Pública da Assembleia Legislativa, ocorreu no Plenário da casa parlamentar com transmissão pela internet.

Parte do relatório foi dedicada às ações e valores aplicados no enfrentamento ao coronavírus. “Estamos em meio à pandemia do covonavírus em uma etapa em que os casos voltaram a crescer e friso que trabalhamos fortemente para manter a população do Paraná assistida em todas as áreas da saúde”, afirmou o secretário Beto Preto.

O montante aplicado no ano de 2020 superou o percentual de investimentos registrados nos últimos 10 anos, chegou a 12,96% da Receita Líquida de Impostos pelo Governo do Estado. Por lei deve ser investido, no mínimo, 12% do orçamento na saúde.

O governo estadual tem como prioridade a melhoria da saúde da população. Para isso, múltiplos fatores precisam melhorar. Na Atenção e Vigilância em Saúde, os cuidados primários com a população impactam diretamente nas condições de qualidade de vida da sociedade. Um dos pontos prioritários é a Mortalidade Materno Infantil, cuja meta era a redução da taxa de mortalidade para 10,2 e o resultado de 2020 foi de 9,5. “Em 30 anos é a primeira vez que esse índice fica com apenas um dígito. Consideramos ainda como dado preliminar que pode ser melhor do que se apresentou, mas sentimos que nossas ações e estratégias estão tendo resultados positivos”, detalhou o diretor-geral da Sesa, Nestor Werner Junior.

“Vários dos nossos índices estão melhores e isso é fruto de um trabalho profundo e dedicado da Sesa e também das regionais e municípios. Uma vez aprimorado o serviço, é mais difícil melhorar porque a especificidade se torna mais complexa e sensível”, afirmou Werner Junior.

De acordo com os dados apresentados, muitas metas foram atingidas e outras ainda não. “Porém, muito do nosso planejamento foi alterado e ajustado por causa da pandemia pela covid-19. Exemplo disso é a expansão do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, o Samu, que gostaríamos e ter ampliado para 92% a cobertura e não conseguirmos porque demanda reuniões, organização administrativa e a pandemia cerceou a movimentação de pessoas”, explicou Beto Preto.

QUESTIONAMENTOS – Após os 30 minutos de apresentação das ações elencadas no relatório, os deputados esclareceram dúvidas e questionaram ações e medidas relacionadas à covid-19. Sobre os leitos, o diretor de Gestão em Saúde, Vinícius Filipak, explicou aos deputados estaduais como é realizada a regulação, internamento e a fila de pacientes que aguardam leitos. “Estamos com mais de 5 mil pacientes internados entre Unidades de Terapia Intensiva e enfermaria por apenas uma patologia, a covid-19. Os pacientes permanecem muito mais tempo internados do que outras doenças e a situação da covid-19 é muito específica, precisa de isolamento pela transmissibilidade, de suporte respiratório entre outros”.

Filipak informou também que muitos não compreendem a fila de pacientes e alguns leitos ‘livres’ no Estado. “O internamento não é nada simples. O paciente precisa de deslocamento, que muitas vezes tem que ser em ambulância específica. O leito deve ser higienizado por completo, isso demanda tempo. E a instalação do paciente no leito não é rápido, é necessário verificar todas as condições e necessidades de cada um de forma individual”.