Bloqueios na pista
Um detalhado informe do setor de inteligência da Polícia Rodoviária Federal para o Palácio do Planalto ao qual a Coluna teve acesso revelou que, até ontem à noite, eram 173 os pontos de concentração de caminhoneiros em estradas federais do Brasil, e 53 bloqueios nas rodovias. A manifestação pró-presidente Jair Bolsonaro prometida ocorreu em movimento nacional, com menor ou maior prejuízo de tempo para quem se deparou com os grupos. Em muitos casos são motoristas associados a grandes transportadoras, sindicatos patronais aliados do presidente, que bancam o óleo e a diária aos motoristas. De acordo com os informes, a tensão paira sobre os estados do Espírito Santo, do Mato Grosso, do Mato Grosso do Sul, de Minas, do Paraná e de Santa Catarina. Mais de 400 motoristas estão em faixa de acostamento na estrada que liga o DF a Luziânia (GO).
Encham o tanque
A situação pode piorar e chegar aos postos de gasolina das principais capitais: os “tanqueiros” de combustíveis de Minas Gerais aderiram à paralisação de 24 horas. Os de São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás e Espírito Santo estão em estado de greve.
Riscos ao volante
Ainda segundo o relatório, veículos de passeios não são detidos. Mas caminhoneiros são barrados e os que insistem em passar sofrem pressão ou até danos materiais.
Radiografia do asfalto
Na Região Sul, são registrados 94 protestos e 28 bloqueios; Na Sudeste, são 29 e 9; No Centro-Oeste, 29 e 10, respectivamente. E existiam até a noite passada pontos de bloqueios na Bahia, no Maranhão, em Santa Catarina, no Paraná, no Mato Grosso e no ES.
Acredite, se quiser
Um grupo bolsonarista protocolou ontem, no fim do dia, no Senado, um requerimento para o presidente Rodrigo Pacheco com dois pedidos: destituir todos os ministros do Supremo Tribunal Federal e aprovar a PEC 113-A, que obriga a impressão de voto da urna eletrônica do Tribunal Superior Eleitoral.
Tropa
Entre os signatários do requerimento estão Marco Antônio Pereira, o Zé Trovão (com mandado de prisão e procurado pela Polícia Federal), Francisco Dalmora, o Chicão Caminhoneiro; Fabio de Salles, Arosoja MG (cuja sede de Mato Grosso foi alvo da PF no dia 6, por suspeita de bancar protestos antidemocráticos) e outros.
Não avança
Presidente da Câmara dos Deputados, a quem cabe a canetada do “sim” ou do “não”, Arthur Lira (Progressistas-AL) não aprova pedido de impeachment do presidente Bolsonaro. Ele está ali para isso, entre outros assuntos, do padrinho inquilino do Palácio.
Aliás…
… Bolsonaro precisa de apenas 142 votos para barrar o impeachment, e, na votação da PEC do voto impresso, a oposição mostrou que não tem esses votos.
***Teleférico…
Uma missão técnica começou ontem, no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, o levantamento dos problemas da região onde funcionava o teleférico que tinha 152 cabines num percurso de 3,6 km e atendia toda população das comunidades dos morros. Conforme a Coluna antecipou, o sistema de transporte vai voltar.
***…e galeria comercial
O projeto de reativação é uma das prioridades do governador Cláudio Castro. Além do teleférico, haverá postos de atendimento de Saúde, bancos e serviços para a população. Inicialmente será feito diagnóstico e em seguida o início das obras de reativação.
Pão verbal
A Fenapef (Federação Nacional dos Policiais Federais) lançou ontem o livreto “Pão Diário”, com 365 mensagens de autoajuda (uma para cada dia do ano), no escopo da campanha Setembro Amarelo, contra o suicídio.
Turbulência (no chão)
A ITA Linhas Aéreas nega que um voo seu foi cancelado. Mas alega problemas numa aeronave, a do voo 5206, no dia 4 de setembro, que teve de passar por “manutenção não programada”. O embarque seria às 12h15 de São Paulo (GRU) para Porto Seguro, e só decolou às 22h21. Conforme publicamos, houve problemas, sim. Alguns passageiros desistiram e perderam o feriadão. Questionada, a empresa decidiu não informar quantos foram os cancelamentos e quantos alocou em outros voos.