Na manhã desta terça-feira (26) senta no banco dos réus no Tribunal do Júri de Foz do Iguaçu Darlei Natal Gabana, acusado pela morte de Walter Antonio Pértile, ocorrida no dia 17 de agosto de 2007, dentro do escritório de contabilidade do qual os dois eram sócios em Cascavel.
O caso foi transferido para Foz porque gerou bastante comoção popular e houve preocupação de que pudesse interferir na decisão do júri.
Darlei responde por homicídio simples. O assistente de acusação advogado Jorge Giulian disse que as qualificadoras do homicídio foram derrubadas anos atrás após a defesa de Darlei apresentar recurso. “Mesmo sem qualificadoras, existe a autoria, existe a vítima e existe o homicídio. A defesa deve sustentar legítima defesa então o que será discutido é se houve legítima defesa ou o excesso doloso”.
Mesmo que seja condenado, Darlei não será preso: “É um caso muito difícil, então não tem como termos um prognóstico correto, mas como é homicídio simples e ele é réu primário, há uma tendência nos tribunais de se manter o que já vinha sendo praticado. Se o acusado está preso, fica preso, se está em liberdade, responde em liberdade”, antecipa Giulian.
Segundo ele, apesar da tensão em torno da história, o fato de o julgamento ser fora de Cascavel facilita a condução do júri. “Apesar da pressão em torno do caso, nós olhamos de fora, o outro advogado é de Curitiba e os jurados estão cada vez mais técnicos, então o que o júri decidir será justo”.