Familiares e amigos da pequena Maria Eduarda Mendes Eilkina, de 7 anos, que morreu no último sábado (18) atropelada perto da casa onde morava, reuniram-se na tarde de ontem (21) pedindo justiça e a prisão do motorista.
“Ele tirou a vida de um anjo, na frente dos irmãos dela. Ele precisa pagar pelo que fez! Minha filha não vai voltar, mas, se ele não for preso, vai fazer de novo”, lamentou a mãe da criança, Gisele Mendes da Silva.
O protesto começou no local onde aconteceu o acidente, no Jardim Melissa, e se estendeu até a Avenida Piquiri, no Bairro Brazmadeira, zona norte de Cascavel, onde os manifestantes atearam fogo em pneus e fecharam as ruas impedindo a passagem de carros. Após negociação, a Polícia Militar conseguiu a liberação da passagem dos ônibus do transporte público e ajudou no isolamento do local com viaturas fechando as vias de acesso e orientando os motoristas.
Os manifestantes pediam a presença do delegado da Polícia Civil, Fernando Zamoner, responsável pelo inquérito que apura o caso, além da prisão imediata do motorista.
Investigação
Na última segunda-feira (20), em entrevista coletiva, o delegado disse que não houve prisão em flagrante do motorista porque ele foi agredido por populares no local do acidente e precisou ser encaminhado a um hospital.
Ele ainda não se apresentou à Polícia Civil, mas deve permanecer em liberdade durante a investigação do crime, que até o momento é considerado homicídio culposo, quando não há intenção de matar.
A Polícia Civil informou que aguardava a apresentação espontânea do condutor, mas, como isso não ocorreu, uma ordem de serviço foi expedida e policiais tentam localizá-lo nos endereços informados para que ele seja intimado para comparecer na delegacia e prestar esclarecimentos.
O condutor não tem carteira de habilitação. Não há confirmação se ele dirigia sob efeito do álcool.