O ruralista Alessandro Meneghel, condenado pela morte do policial federal Alexandre Drummond Barbosa, continua preso na Cadeia Pública de Cascavel e aguarda agora a avaliação de um pedido de HC (Habeas Corpus) apresentado ao TJ (Tribunal de Justiça) alegando que ele já estaria preso em casa. O HC foi protocolado pela defesa ainda na última sexta-feira (4), quando Meneghel, que cumpria prisão domiciliar, foi novamente preso para o cumprimento da condenação de 29 anos e um mês em regime fechado.
A prisão foi determinada após o Tribunal de Justiça do Paraná negar recurso da defesa que pedia para que ele continuasse em liberdade durante a tramitação de outros recursos que correm em esfera superior para a redução da pena. Cinco desembargadores avaliaram o pedido e a decisão foi unânime contra.
Ainda não há data marcada para audiência de custódia de Meneghel. Até lá, ele deve permanecer na Cadeia Pública e somente após a audiência é que será levado para uma penitenciária estadual.
Quem decide?
Cabe agora ao desembargador Antonio Loyola Vieira avaliar o pedido da defesa e decidir de Meneghel fica ou não preso. Detalhe: Loyola já deferiu a prisão domiciliar de Alessandro em outras duas oportunidades.
O advogado de defesa de Alessandro, Cláudio Dalledone Júnior, não vai se manifestar sobre o caso.
O assistente de acusação, o advogado André Peixoto de Souza, acredita que o pedido não seja deferido, uma vez que iria contra a decisão dos cinco desembargadores que recusaram o recurso para que ele continuasse em casa.
Ao cumprir a pena, Alessandro deve permanecer por pelo menos dez anos em regime fechado para então progredir para o semiaberto por esse crime.
Os recursos em segunda instância se esgotaram e cabe apenas recurso ao STJ (Superior Tribunal de Justiça).