Policial

Celulares e tablets são apreendidos em operação

Conforme o delegado, existe a possibilidade do envolvimento de mais pessoas nos atentados

Cascavel – Os 11 celulares e dois tablets apreendidos pela Polícia Civil em uma operação desenvolvida na manhã de ontem devem ajudar nas investigações dos atentados a ônibus do transporte coletivo em Cascavel, no início da semana.

Ao todo participaram da ação cerca de 70 policiais civis que cumpriram 10 mandados de busca e apreensão em residências dos bairros Santa Cruz, Paulo Godoy, Alto Alegre, Pioneiros Catarinense e Universitário.

Segundo o delegado operacional do GDE (Grupo de Diligências Especiais), Edgar Santana, o objetivo era encontrar eletrônicos com informações do envolvimento de criminosos nos delitos de segunda-feira. “Essa foi a segunda fase da operação, desencadeada logo após os ataques. A primeira foi de saturação, para conter os crimes, e agora de intervenção, com o objetivo de apreender provas para dar sequência às investigações”.

Conforme o delegado, existe a possibilidade do envolvimento de mais pessoas nos atentados. “Acreditamos que os crimes cessaram, mas as equipes de apoio devem permanecer em Cascavel por mais um tempo”.

Além dos celulares e tablets foram apreendidos dois galões plásticos com resíduos de combustível e uma motocicleta Yamaha 135, na casa de Cristhofer Willian Santos Lopes, de 19 anos.

O jovem, que já é apontado como responsável por um incêndio a ônibus do transporte coletivo no Santa Cruz em fevereiro de 2015, foi preso em flagrante por crime ambiental, organização criminosa, ameaça e incitação ao crime.

Ao ser encaminhado para a carceragem da 15ª SDP (Subdivisão Policial), Cristhofer disse ao O Paraná que era amigo dos dois jovens que morreram e que seriam os pivôs da onda de atentados na cidade. “Eu conhecia os dois, eram meus amigos, mas não tenho nada a ver com isso tudo, não”. Questionado a respeito das ameaças que teria feito aos policiais de que “Cascavel vai ferver”, ele se esquivou. “Como que eu vou fazer alguma coisa se estou preso aqui dentro”. Sobre uma possível atuação de comparsas, o jovem não quis se pronunciar.