Foz do Iguaçu – As apreensões de veículos e mercadorias realizadas pela Alfândega da Receita Federal de Foz do Iguaçu chegaram à casa dos R$ 580.683.539,70 em 2023. Este valor representa um aumento de 29,3% em relação ao ano anterior, quando foram apreendidos R$ 449.104.668,61. O valor referente às apreensões da Alfândega da Receita Federal em Foz do Iguaçu em 2023 compreende apreensões realizadas no âmbito de toda a jurisdição da Alfândega. Ou seja, toda a região que se estende desde Foz do Iguaçu até Guaíra, abrangendo a região lindeira ao Lago de Itaipu.
Com relação à composição das apreensões, os cigarros e produtos similares lideram o ranking e representam 39,12 % das apreensões registradas, com a ma diminuição de um pequeno percentual de 0,93% em relação ao ano anterior. Em 2023 foram apreendidos o total de R$ 227.178.546,51. Na quantidade foram apreendidos 45.248.123 maços de cigarros comuns e 103.900 unidades de produtos similares. Além dos cigarros convencionais, também foram apreendidos 300.612 unidades de cigarros eletrônicos, totalizando R$ 8.688.765,80.
Em 2022, foram apreendidos R$ 229.305.456.47. Na quantidade, foram apreendidos 45.845.765 maços de cigarros comuns e 12.481 unidades de produtos similares. Os eletroeletrônicos, que correspondem a 23,59 % do total de apreensões. É a segunda categoria de produtos mais apreendidos em 2023. Entre os eletroeletrônicos, destaca-se a apreensão de smartphones no valor de R$ 91.919.474,88, totalizando R$ 136.960.153,00 de eletroeletrônicos.
Os veículos compõem o terceiro item com maior volume de apreensão: R$ 76.530.665,79, representando 13,18% do total apreendido. Em 2023 foram 3.049 veículos como caminhões, utilitários, barcos, carretas, ônibus, motocicletas, kombi/Van e automóveis. Em 2022 foram 3.565 veículos no total. Entre os veículos apreendidos, destaca-se a apreensão de automóveis com 1.425 unidades e motocicletas com 754 unidades. Outro item que chama a atenção é a apreensão de 199 “ônibus de turismo” que totalizaram US$ 10.257.163,71, com uma média de US$ 57 mil por ônibus.
O quarto item mais apreendido foram os artigos de informática, no total de R$21.026.975,02. Em 2022 foram R$13.821.844,66, com acréscimo percentual de 52,13%. Em seguida, as bebidas alcoólicas somaram R$ 8.927.554,17, em 2023, compreendendo vinho, cerveja, licor e uísque. O percentual em relação ao ano passado foi 31,13%, quando totalizou R$ 6.808.135,40.
Operações integradas
As ações de combate ao contrabando e ao descaminho e pirataria, que resultam na apreensão de mercadorias introduzidas irregularmente no Brasil, são decorrentes de ação permanente da Receita Federal do Brasil, como por exemplo a Operação Fronteira Blindada, inserida no Programa de Proteção Integrada de Fronteiras (PPIF), instituído pelo Decreto nº 8.903, de 16 de novembro de 2016, que tem como diretrizes a atuação integrada e coordenada dos órgãos de segurança e de fiscalizações atuantes nas fronteiras, e como foco, o fortalecimento da prevenção, do controle, da fiscalização e da repressão aos delitos transfronteiriços, como contrabando, descaminho, tráfico de drogas, armas e medicamentos, entre outros.
Nesses números expressivos são contabilizadas também as mercadorias aprendidas e recebidas de outras instituições parceiras que atuam no combate aos ilícitos nesta região fronteiriça, tais como Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Batalhão de Polícia de Fronteira (BPFron), Polícia Militar/PR e Forças Armadas.
DROGAS
Também foram apreendidas nas operações realizadas no âmbito da Alfândega da Receita Federal em Foz do Iguaçu mais de cinco toneladas de maconha (5.574 kg), 208 kg de cocaína e 8,5 kg de haxixe. Nos últimos anos, a Alfândega da Receita Federal em Foz do Iguaçu vem intensificando a fiscalização nas empresas de remessas postais, e-commerce e transportadoras. Em 2023, foram realizadas 88 operações, onde foram retidos 20.604 volumes que totalizaram o valor de R$ 10.857.6873,94. Com a chegada de novos servidores, em 2024 a Receita Federal vai intensificar ainda mais os trabalhos de fiscalização de zona primária e de zona secundária.
Foto: Receita Federal