Opinião

Você sobreviveria?

Por Carla Hachmann

A instituição britânica Royal Society For Public Health promove uma campanha que propõe reduzir ou abandonar o acesso às redes sociais durante todo o mês de setembro. Você sobreviveria?

A ação chamada Scroll Free September ocorre pelo segundo ano seguindo e, para não matar ninguém, sugere cinco categorias: sem mídias sociais na escola ou no trabalho; sem mídias sociais no quarto; sem mídias sociais em eventos sociais; desligar-se das mídias sociais todos os dias, a partir das 18h; e, a mais radical: não abrir rede social por 30 dias.

Especialistas têm tentado medir os danos do uso desmedido das redes sociais, especialmente na saúde mental dos brasileiros. Estudo divulgado pela plataforma Hootsuite revela que o brasileiro é o terceiro público que gasta o maior tempo na internet. São, em média, 9h14 diárias na web, das quais um terço em redes sociais.

O uso abusivo das redes sociais já vem sendo tratado como vício. Fique atento se a última coisa que você faz antes de dormir é usar o celular e a primeira ao acordar é utilizá-lo. E pior: acordar no meio da noite para “checar mensagens”.

Estudos já listaram alguns dos sintomas de quem passa tempo demais nas redes sociais: depressão, problemas de sono, medo de “estar por fora”, bullying, ansiedade, inveja, solidão e baixa autoestima.

Qual sua desculpa para acessar as redes sociais? Ficar antenado? Saber das últimas fofocas? Saber da vida do conhecido? Para especialistas, um dos problemas é quando a pessoa quer ser e viver o que vê, projeta-se nos outros, e, claro, se frustra. Isso porque as redes exibem uma perfeição artificial, muitas vezes impossível de atingir, e quase sempre fora da realidade.