Saúde

Vacina da Pfizer é 100% eficaz em adolescentes de 12 a 15 anos

No ensaio envolvendo 2.260 adolescentes de 12 a 15 anos, houve 18 casos de covid-19 no grupo que recebeu a injeção de placebo e nenhum no grupo que recebeu a vacina, resultando em 100% de eficácia na prevenção da doença, informaram as empresas em um comunicado

10/11/2020
REUTERS/Dado Ruvic
10/11/2020 REUTERS/Dado Ruvic

Chicago – A Pfizer Inc e a BioNTech SE disseram nessa quarta-feira (31) que sua vacina contra a covid-19 é segura, eficaz e produziu respostas robustas de anticorpos em adolescentes de 12 a 15 anos. Isso abre caminho para que as empresas busquem autorização dos Estados Unidos para uso emergencial do imunizante nessas faixas etárias daqui algumas semanas.

No ensaio envolvendo 2.260 adolescentes de 12 a 15 anos, houve 18 casos de covid-19 no grupo que recebeu a injeção de placebo e nenhum no grupo que recebeu a vacina, resultando em 100% de eficácia na prevenção da doença, informaram as empresas em um comunicado.

A Pfizer espera que a vacinação do grupo possa começar antes de setembro, momento em que inicia o próximo ano letivo no hemisfério norte, disse Albert Bourla, presidente e executivo-chefe da empresa.

A vacina já está autorizada para uso em pessoas a partir dos 16 anos. O novo estudo oferece a primeira evidência de como a vacina funcionará em adolescentes em idade escolar.

O imunizante foi bem tolerado, com efeitos colaterais semelhantes aos observados entre aqueles com idade entre 16 e 25 anos no teste de adultos. Os efeitos colaterais para o grupo mais jovem não foram listados, mas, no ensaio em adultos, esses efeitos geralmente foram leves a moderados e incluíram dor no local da injeção, dores de cabeça, febre e fadiga.

As empresas também estudaram um subconjunto de adolescentes para medir o nível de anticorpos neutralizantes de vírus um mês após a segunda dose e descobriram que era comparável aos participantes do estudo com idades entre 16 e 25 anos no ensaio principal em adultos.

Bourla disse que a empresa planeja buscar nas próximas semanas autorização de emergência da FDA (Food and Drug Administration) dos EUA e de outros reguladores ao redor do mundo, com a esperança de começar a vacinar essa faixa etária antes do início do próximo ano letivo do hemisfério norte, em setembro.

Na semana passada, as empresas começaram os testes com crianças entre seis meses e 11 anos de idade. Esse é um passo crucial para obter permissão de agências reguladoras para começar a vacinar menores de idade e controlar a pandemia.