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Stan Lee, criador da Marvel e mestre dos quadrinhos, morre aos 95 anos

Stan Lee, mais famoso autor de quadrinhos do mundo, morreu nesta segunda aos 95 anos, informou o TMZ. A informação foi confirmada ao site pela filha do quadrinista. De acordo com o TMZ, Lee foi levado de ambulância ao Cedars-Sinai Medical Center nesta segunda-feira (12), onde foi declarado morto. Há anos ele enfrentava problemas de saúde. Nascido em Nova York, nos Estados Unidos, no dia 28 de dezembro de 1922, Stanley Martin Lieber se tornou um dos nomes mais importantes da indústria do entretenimento como criador de diversos heróis da Marvel Comic. Stan foi responsável por personagens como Homem-Aranha, Hulk, Demolidor, Thor, Homem de Ferro e os X-Men.

Seu talento para as HQs foi descoberto cedo. Tanto que, ainda adolescente, ele passou a escrever histórias de fato e tornou-se editor com apenas 17 anos. Durante a Segunda Guerra Mundial, Lee serviu o exército na parte de comunicação, escrevendo manuais, slogans e filmes de treinamento. Após a Guerra, voltou ao mercado, na editora Timely, que se tornaria a Marvel Comics. Escrevia histórias de vários gêneros, como romance, faroeste e ficção científica. Mas pensou em sair da área no fim dos anos 1950.

O grande pulo do gato de Stan Lee ocorreu nos anos 1960. A DC Comics, rival da Marvel, estava fazendo sucesso com os heróis da Liga da Justiça da América. O publisher Martin Goodman pediu a Lee para criar um time de super-heróis para fazer frente. O problema é que o catálogo de heróis da Marvel era limitado. Além disso, Lee se achava velho para isso. Mas sua mulher, Joan, deu a sugestão que iria mudar a carreira do quadrinista para sempre: criar os próprios heróis.

Primeiro veio o Quarteto Fantástico, uma parceria entre Jee e Jack Kirby (um dos criadores do Capitão América nos anos 40). A dupla ainda criou o Hulk, o Homem de Ferro, Thor e os X-Men; também vieram Demolidor (com Bill Everett), Doutor Estranho e o Homem-Aranha, criado com Steve Ditko. Kirby ficou de fora nessa porque Stan Lee não queria um herói musculoso, e sim um adolescente; Kirby não captou a essência, mas Ditko sim.

A partir desses nomes, Lee subverteu o gênero dos heróis. Seus personagens eram falíveis. Tinham família. Ficavam irritados. Apresentavam desvios de caráter. Tinham que pagar contas. Cometiam erros. Os super-heróis capturaram a imaginação dos adolescentes e jovens adultos, que se identificavam com os personagens. Assim, as vendas aumentaram drasticamente, a ponto de a Marvel passar a DC em termos de relevância geral e tornar-se a potência que é hoje. Por isso, Lee tornou-se a cara pública da Marvel. Devidamente homenageada em cada filme da editora.