Política

Renan Calheiros pede convocação de Braga Netto na CPI da covid

Relator da comissão considerada 'fundamental' a presença do ministro da Defesa, mas presidente, senador Omar Aziz, ainda mostra resistência para pautar

O ministro da Casa Civil, Braga Netto, participa de coletiva de imprensa no Palácio do Planalto, sobre as ações de enfrentamento no combate ao coronavírus
O ministro da Casa Civil, Braga Netto, participa de coletiva de imprensa no Palácio do Planalto, sobre as ações de enfrentamento no combate ao coronavírus

O relator da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid, senador Renan Calheiros (MDB-AL) sugeriu a convocação do ministro da Defesa, Walter Braga Netto, à CPI. De acordo com Calheiros, a presença do ministro é “fundamental” para avançar os trabalhos do colegiado. Senadores querem coletar informações do período que Braga Netto chefiou a Casa Civil.

O atual ministro da Defesa foi criticado pelo relator do colegiado, que declarou que Netto faz ameaças diuturnas de golpe no País “na defesa de um governo corrupto e impopular”. O pedido de Renan ocorre após uma tensão entre as Forças Armadas e o Senado. Na semana passada, o ministro da Defesa e os comandantes das Forças Armadas divulgaram uma nota criticando o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM). Aziz afirmou que o “lado podre” das Forças estava envolvido em “falcatruas do governo”.

Os senadores querem chamar Braga Netto para esclarecer a atuação do ministro na chefia da Casa Civil, cargo que ocupou o cargo entre fevereiro do ano passado e abril deste ano. A CPI suspeita de ação da Casa Civil na compra de vacinas e contatos com o ex-diretor de Logística em Saúde do Ministério da Saúde, Roberto Dias, acusado de pedir propina.

As críticas de Renan também foram direcionadas ao presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), que afirmou que o chefe do Executivo trocou a cúpula das Forças Armadas “em um aparelhamento incompatível”.

A reportagem apurou que Aziz ainda apresenta resistência em pautar a convocação de Braga Netto, apesar do clima com as Forças Armadas e da pressão de colegas.

Fonte: O Tempo