Cotidiano

Prainhas da Costa Oeste: nível da água põe banhistas em risco e Bombeiro interdita Porto Mendes

Local onde antes era frequentado pelos banhistas, virou um vasto campo de terra e grama

Prainhas da Costa Oeste: nível da água põe banhistas em risco e Bombeiro interdita Porto Mendes

Marechal Cândido Rondon – A estiagem severa que atinge o Paraná tem reflexo direto no nível de água do Lago de Itaipu e, por conta da redução significativa do rio, o Corpo de Bombeiros de Marechal Cândido Rondon pediu à prefeitura que interdite a área de banho da prainha de Porto Mendes. “O nível da água está cerca de 15 a 20 metros abaixo do ideal para banho, por isso foi solicitada a interdição. Esse nível oferece risco aos banhistas e pode ocorrer afogamentos no local”, explica o secretário de Indústria, Comércio e Turismo de Marechal Cândido Rondon, Sérgio Marcucci.

Ele afirma que a temporada de verão ainda não foi aberta e que almoço no parque está proibido, mas que, aos fins de semana, famílias aproveitavam o parque, o que agora também fica proibido. “Nossa temporada de verão tradicionalmente abre no dia 15 de novembro, mas, neste ano, ainda não há previsão. Já enviamos um protocolo bem completo ao COE [Centro de Operações Emergenciais], mas, por conta dos números altos [do novo coronavírus], ainda não há previsão de liberação”.

Segundo ele, mesmo que o nível da água não aumente, se houver o aval do COE, o parque pode ser aproveitado pelas famílias.

Como ficam as outras praias

Quanto às demais prainhas da região, a diretora técnica do Conselho dos Lindeiros, Sandra Finkler, explica que depende de cada município. “Cada praia é regida por um procurador público e cada um tem um entendimento. Em alguns locais, como a praia nova de Santa Helena, com áreas são cercadas e que se consegue controlar o acesso, dificilmente é proibido o banho, mas, quando é diretamente no Lago, a proibição pode ser solicitada por conta do baixo nível e que ofereça risco aos banhistas, pois pode haver buracos, que são poços ou fossas de moradores antigos e esses buracos podem causar grandes acidentes. Por isso é proibido o banho, uma questão de segurança”, explica Sandra Finkler.

Os buracos a que ela se refere podem exigir porque a margem da água encolheu mais de 100 metros. Ou seja, o local onde os banhistas costumavam tomar banho, e que era seguro, hoje virou um vasto campo de terra e grama. O acesso à água agora é onde não costumava ser frequentado, pois, no nível normal, é bastante fundo.

Piranhas

Em Missal, São Miguel do Iguaçu e Itaipulândia, por exemplo, as prainhas estão abertas e uma elevação no nível da água foi obervada nos últimos dias. Só que, por lá, o perigo maior é por conta do ataque de piranhas. “Aqui, em Itaipulândia, o nível da água teve um aumento nos últimos dias e a qualidade está muito boa, então não há previsão de interdição ou proibição de banho. O que temos, semelhante ao ano passado, é o problema das piranhas, mas só para os banhistas que não respeitam o local ideal, que é protegido por rede”, explica o diretor municipal de Turismo de Itaipulândia, Fábio Rogério Deicke.