Cotidiano

Paranhos adia para terça nova tarifa

A tarifa pode alcançar os R$4

Paranhos adia para terça nova tarifa

Cascavel – A definição da nova tarifa do transporte público de Cascavel depende agora de um posicionamento final do governador Ratinho Júnior (PSD). É que ele ainda analisa a manutenção do subsídio sobre o óleo diesel, o que tem impacto direto de R$ 0,15 em cada passagem de ônibus.

O prefeito Leonaldo Paranhos (PSC) se reuniu com o governador na quinta-feira, mas voltou para casa só com expectativa. “O governador quer autorizar por mais um ano esse benefício, mas o Confaz [Conselho Nacional de Política Fazendária] ainda não recomendou”, disse Paranhos. O órgão regula as disputas fiscais entre estados e por isso pode vetar subsídios sobre impostos, nesse caso, o ICMS.

Paranhos adianta, no entanto, que, se Ratinho declarar que não poderá manter o subsídio, a tarifa ficará em R$ 4. E, se houver uma resposta positiva, a passagem subirá para R$ 3,85. Valores bem abaixo do pleiteado pelas empresas, que pediram 14% de aumento, elevando a tarifa dos atuais R$ 3,65 para R$ 4,15.

Paranhos ressalta que está sendo pressionado pelas empresas para apresentar o valor, mas que analisa tudo com cuidado para garantir um preço justo: “Há uma pressão das empresas, mas é preciso lembrar que em 2017 o reajuste foi liberado em maio – um dos menores, diga-se de passagem – e em 2018 também foi o menor do Estado e este ano não será diferente”.

O prefeito, contudo, não disse como fica essa diferença a mais reivindicada pelas empresas.

Na última segunda-feira (18), Paranhos conseguiu evitar a greve do transporte público após “se intrometer” nas negociações salariais. Os trabalhadores receberão 4% de reajuste salarial e o vale-alimentação passará para R$ 300 a partir de abril – eles queriam 9% de aumento e R$ 350 de vale. “Houve bom senso de ambas as partes”, reconhece o prefeito.

Reportagem: Josimar Bagatoli