Opinião

OPINIÃO: Projeto Ferroviário Bioceânico, a maior obra do século XXI

O Brasil é um grande produtor de grãos, com 240 milhões de toneladas, e de carnes, com 30 milhões de toneladas. O Paraná é o segundo maior produtor de grãos e o primeiro de carnes do Brasil. Nesse contexto, o desafio será melhorar a infraestrutura e a logística de transporte e portuária do Estado. O Porto de Paranaguá, em 2018, foi responsável por movimentar 53 milhões de toneladas, o segundo maior porto em exportação do complexo soja e o primeiro em importação de fertilizantes do País.

O Brasil vai produzir 300 milhões de toneladas de grãos e 40 milhões de toneladas de carne até o ano de 2030, e a maior parte dessa produção será destinada à exportação. Nos próximos anos, o Brasil e o Paraná precisarão avançar na modernização e na eficiência da logística para não comprometer a competitividade do agronegócio. Os produtores rurais do Paraná e do Brasil são onerados entre 30% e 50% no valor do transporte de grãos, carnes e fertilizantes justamente pela falta de investimentos em ferrovias para atender a demanda.

A visão estratégica do senhor Carlos Massa Ratinho Júnior, governador do Paraná, com o projeto para construir uma ligação de Paranaguá, no Oceano Atlântico ao Pacífico, criou o Projeto Ferroviário Bioceânico. Será a maior obra do Paraná, do Brasil e da América do Sul do século XXI para atender a demanda do Paraná e do Brasil e fortalecer o Porto de Paranaguá, que em 2030 precisará atender a demanda 100 milhões de toneladas/ano.

O Projeto Ferroviário Bioceânico será um novo caminho para o Paraná, que tem a sua economia sustentada pela agricultura e pela pecuária. Essa visão estratégica e de empreendedorismo com a participação de vários países, com investimentos públicos e privados, é a maior obra para o crescimento do Paraná e a demanda mundial de alimentos.

A forte crise política e econômica que afetou o Brasil comprometeu parte do agronegócio. O governador Carlos Massa Ratinho Júnior, com o Projeto Ferroviário Bioceânico, deixará o maior legado logístico da América do Sul, um marco histórico que somente os grandes estadistas são capazes de empreender. Uma boa ideia que vai estimular muitos investimentos privados, que vai alavancar a eficiência do Brasil e da América do Sul e que vai melhorar e fortalecer o agronegócio, toda a economia do Estado, e principalmente os produtores rurais.

A Coopavel e toda a sociedade paranaense estão unidas nesse trabalho de coragem de unir o continente da América do Sul numa visão de empreendedorismo para garantir para as próximas gerações um legado sólido, que resolverá definitivamente a logística desse século. Em resumo, o crescimento da produção do Brasil e da América do Sul foi muito grande e, ainda, há espaço para continuar crescendo, para o desenvolvimento econômico de muitos países sul-americanos. Paradoxalmente, a infraestrutura brasileira e a dos países vizinhos não cresceu no mesmo ritmo que a produção do agronegócio.

Por isso, o Projeto Ferroviário Bioceânico, sem dúvida, será a obra do século para o agronegócio para atender ao grande mercado da Ásia, para onde é escoada a maior parte das exportações de soja e carne do Brasil, Argentina, Paraguai e de frutas e peixes do Chile, com o preço de frete justo e fortalecendo a competitividade.

Em resumo, o futuro do Paraná será mostrado por um novo caminho para o amanhã, com ideias e valores elevados que estejam centrados no desenvolvimento econômico, social e cultural em benefício da população da América do Sul.

Dilvo Grolli é diretor-presidente da Coopavel

 

O Projeto Ferroviário Bioceânico será um novo caminho para o Paraná, que tem a sua economia sustentada pela agricultura e pela pecuária