Cotidiano

Operação Pecúlio envolve 99% dos vereadores em Foz do Iguaçu

Os vereadores Gessani Silva (PP) e Dilto Vitorassi (PV) foram alvos de mandados de busca e apreensão e de condução coecirtiva

Foz – O maior escândalo da política de Foz do Iguaçu parece não ter fim. Ontem, a PF (Polícia Federal) e o MPF (Ministério Público Federal) deflagraram a 6ª fase da Operação Pecúlio, para o cumprimento de mais 31 mandados de condução coercitiva e 36 de busca e apreensão. Os vereadores Gessani Silva (PP) e Dilto Vitorassi (PV) foram alvos de mandados de busca e apreensão e de condução coecirtiva.

Um mandado de busca e apreensão foi cumprido na residência do suplente de deputado federal, Professor Sérgio de Oliveira (PSC). Na quinta-feira, durante a 5ª fase da Operação Pecúlio, 12 vereadores foram presos. Eles são acusados de receber uma espécie de “mensalinho” em troca de apoio aos projetos do Executivo na Câmara.

Na ação de ontem, batizada de Nipoti 2, 120 policiais federais foram destacados para os trabalhos, quem também foram acompanhados por promotores e procuradores federais.

De acordo com a PF, a Nipoti 2 é a continuidade da execução de medidas judiciais expedidas pela 3ª Vara da Justiça Federal de Foz do Iguaçu com o objetivo de desarticular um grupo de pessoas que praticavam irregularidades na prefeitura e na Câmara para desviar recursos públicos e obter vantagens.

Na atual fase da Operação Pecúlio, dos 15 vereadores eleitos, apenas Nilton Bobato (PCdoB) foi alvo da Polícia Federal nas ações referentes à operação.

Momento triste para a cidade, diz vereador

 

Foz – Único vereador entre os 15 eleitos da atual legislatura sem nenhuma citação nas investigações da Operação Pecúlio, Nilton Bobato (PCdoB) não se sente confortável com a situação da política em Foz do Iguaçu. Pelo contrário, ele diz que o momento é de “muita tristeza”.

“É um momento muito triste para a cidade porque envolve toda a classe política. Espero que volte à normalidade logo”, afirmou ontem em entrevista. Ele também espera que a Justiça resolva em breve a situação dos demais parlamentares presos durante a operação.

“É um momento que prefeito não fazer nenhum julgamento sobre meus colegas. Eles estão ainda na condição de acusados, apesar de as pessoas já os condenarem”. Com a prisão dos 12 parlamentares, os trabalhos da Câmara são conduzidos pelo presidente em exercício, vereador Dilto Vitorassi (PV).

Suplentes

Após uma análise Legislativa, a Câmara de Vereadores, por meio do seu corpo técnico, deu início ontem ao chamamento dos suplentes de vereadores que vão participar da sessão extraordinária da próxima terça-feira para analisar e votar o Orçamento Geral do Município para o ano de 2017.

Alguns suplentes já confirmaram a presença na próxima sessão, bem como já estão comparecendo à Casa de Leis para apresentar as documentações oficiais que darão rito ao termo de posse. O quórum para a sessão da próxima terça-feira é de oito vereadores.

De acordo com Bobato, a preocupação maior é votar o orçamento “porque a cidade não pode ser penalizada pela situação”.