Cotidiano

“O Paraná está em guerra contra a dengue”, afirma o governador

Ratinho Junior afirmou que o governo organiza um grande mutirão para conter o avanço da doença, com a participação dos órgãos estaduais, prefeituras, instituições da sociedade civil, entidades do setor produtivo, igrejas, associações e clubes de serviço.

Foto: Claudio Neves
Foto: Claudio Neves

Curitiba – O governador Carlos Massa Ratinho Junior afirmou nessa quarta-feira (18) que o Paraná está em guerra contra a dengue. Ele convocou a população a colaborar no combate ao mosquito transmissor da doença para evitar o risco de uma grande epidemia no Estado. Em encontro no Palácio Iguaçu, o governador assinou decreto que instituiu o Comitê lntersetorial de Controle da Dengue no Paraná.

“É uma convocação para todo o Estado. Queremos que população do Paraná entre no combate à dengue. Precisamos conscientizar a todos sobre os cuidados para evitar uma epidemia, que pode acontecer”, ressaltou Ratinho Junior. “Estamos todos juntos nessa verdadeira guerra. A dengue mata”.

Ratinho Junior afirmou que o governo organiza um grande mutirão para conter o avanço da doença, com a participação dos órgãos estaduais, prefeituras, instituições da sociedade civil, entidades do setor produtivo, igrejas, associações e clubes de serviço.

De acordo com o mais recente boletim epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde, divulgado terça-feira (17), foram registrados 3.293 casos confirmados da doença desde 28 de julho. O número é 2.950% maior quando comparado com o mesmo período do ano passado (108 casos), o que reforçou o alerta por parte do governo estadual.

“É uma política de enfrentamento, um programa de Estado. São 5 mil agentes espalhados por todo o Paraná, mas que precisam da colaboração da população para evitar a água parada, ajudar a limpar as casas e terrenos baldios para acabar com os focos da doença, a mais importante maneira de contê-la”, destacou o secretário estadual da Saúde, Beto Preto.

Sorotipo

De acordo com o secretário, existem quatro sorotipos de dengue e quem pegou a doença não está imunizado. Neste ano, ressaltou, cerca de dois terços da doença registrada no Paraná são do sorotipo 2 (DENV-2), considerada mais resistente.

Ele lembrou também que o mosquito ficou mais forte, diminuindo a eficácia de repelentes e do fumacê, o veneno mais usado contra o transmissor. O Ministério da Saúde está em fase final de estudos para a substituição do inseticida. “Por isso a necessidade de falar abertamente com as pessoas para diminuir os danos”, disse.

Comitê

A principal atividade do Comitê Intersetorial, que é coordenado pela Secretaria da Saúde, será espalhar por todos os municípios paranaenses informações de como conter a proliferação do mosquito Aedes aegypti, vetor da doença.

Além disso, o grupo fica responsável pelo acompanhamento semanal do boletim epidemiológico, que servirá de parâmetro para novas ações, como mutirões de prevenção com foco na eliminação de criadouros do mosquito transmissor.

Projeto-piloto em Foz

O governador Ratinho Junior conseguiu do governo federal que Foz do Iguaçu seja uma das cidades destacadas para o teste de um novo método que pretende reduzir a capacidade de o Aedes aegypti transmitir os vírus da dengue, zika e chikungunya. A cidade do Oeste é um dos pontos críticos no Estado por causa do clima, favorável à reprodução do mosquito.

Conduzido pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), o estudo é feito a partir da inoculação do micro-organismo Wolbachia nos Aedes. Pesquisadores apontaram que o mosquito perde a capacidade de transmitir o vírus durante a picada.

Gripe mata bebê de um ano

A Secretaria da Saúde do Paraná divulgou ontem (18) o boletim sobre a gripe com 672 casos confirmados de síndromes respiratórias agudas provocadas pelo vírus Influenza de janeiro até agora. São 12 casos a mais que a publicação anterior, do dia 27 de novembro.

Mais dois óbitos foram registrados: uma menina de um ano, residente em Mandaguari, na região norte e, uma mulher de 29 anos, de Marilândia do Sul, no Vale do Ivaí.

Associada ou não a outras comorbidades, como diabetes, obesidade e doenças cardiovasculares, hepáticas e renais, a infecção pelo vírus da Influenza provocou 129 óbitos no estado neste período de monitoramento.

De acordo com o boletim, os casos de gripe são registrados em todas as regiões do Paraná. As cidades que apresentam maior número de casos confirmados da infecção são: Curitiba, com 157; Foz do Iguaçu, com 76; Ponta Grossa, com 38, e São José dos Pinhais, com 31.