Opinião

O Brasil que queremos

Por Carla Hachmann

Em janeiro deste ano, o presidente Jair Bolsonaro prometeu, no Fórum Econômico Mundial de Davos, que, até o fim do seu mandato, o Brasil estará entre os 50 melhores no ranking de facilidade de se fazer negócios. Hoje, o País ocupa a 124ª posição.

Praticamente um ano depois, há melhoras em alguns indicadores, contudo, outros países também estão evoluindo, em ritmo mais acelerado que o Brasil. Por essa razão que estudo recente da TMF Group – uma das consultorias empresariais mais prestigiadas do mundo – apontou que investidores ainda temem investir no Brasil, e aguardam reformas econômicas antes de apostar no País. Segundo o levantamento, o Brasil poderia atrair até US$ 150 bilhões se tivesse um ambiente de negócios melhor.

Embora alguns passos importantes tenham sido dados neste primeiro ano de governo, há diversas reformas que precisam ser feitas, e urgentes, para mudar esse cenário e trazer essa dinheirama toda para cá. Quem sabe muito mais!

A principal, sem dúvida, é a reforma tributária, que transforme um sistema bur(r)ocrático e extremamente caro em algo simples, dinâmico e mais justo. Para se ter uma ideia, uma empresa no Brasil gasta 1.501 horas por ano apenas em função dos impostos, conforme levantamento Doing Business, três vezes mais que o segundo país nesse ranking.

A proposta vai exigir muito esforço e dedicação do governo e do Congresso, e, oxalá, que vença o bem comum e não cedam a lobbies de alguns setores em detrimento de todo o País.

Além disso, há ainda outras grandes tarefas, tão importantes quanto essa, como equilibrar as finanças públicas, enxugar o Estado, continuar e intensificar o combate à corrupção, melhorar (e muito) a educação e a saúde e tentar pôr fim ao clima de revanchismo e ódio que ainda divide o País.