Cotidiano

Nuvem de gafanhotos destrói lavoura de milho e assusta produtores da Argentina

Segundo o governo do país, em um quilômetro quadrado foram encontrados até 40 milhões de gafanhotos

Nuvem de gafanhotos destrói lavoura de milho e assusta produtores da Argentina

O apareciento de uma nuvem de gafanhoto na Argentina assustou produtores rurais, assim como entidades do governo do país. Nesta segunda-feira (22), o Senasa (Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agroalimentar) da Argentina publicou um mapa com alerta da praga em que é possível ver uma faixa vermelha que representa ‘perigo’. Regiões da fronteira oeste do Rio Grande do Sul estão no alerta dos argentinos.

Ainda nesta segunda, o governo de Córdoba, outra província argentina, também alertou para a passagem dos gafanhotos na região. “O Ministério da Agricultura de Córdoba e o Senasa monitoram a situação. Em Córdoba, ambas as propriedades possuem protocolos de trabalho para serem ativados em caso de entrada da praga.

Segundo comunicado, a nuvem de gafanhotos entrou no país pelo Paraguai no fim de semana. “Deve-se lembrar que em aproximadamente um quilômetro quadrado, até 40 milhões de insetos podem ser mobilizados, comendo pastagens equivalentes ao que 2 mil vacas podem consumir em um dia”, disse.

As autoridades da província informaram ainda que os produtores devem relatar a presença da praga em áreas rurais e que ações de monitoramento estão sendo realizadas.

Ameaça à produção

Segundo o Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agroalimentar, os insetos podem causar danos às culturas e aos pastos mas não às pessoas. “As nuvens de gafanhotos podem passar por comunas, vilas ou cidades, mas não causam danos diretos aos seres humanos. Podem causar danos às culturas e aos pastos, mas não constituem um risco para as pessoas”, diz um comunicado.

Em outra postagem, o Senasa mostra o prejuízo causado pela nuvem de gafanhotos em lavouras de milho e mandioca. “Notamos a presença de uma nuvem de gafanhoto do Paraguai, em Colonia Santo Domingo, na cidade do General Manuel Belgrano, Formosa. Vamos avaliar a densidade da população da peste e os danos causados às culturas de milho e mandioca”.

Nas redes sociais o engenheiro agrônomo e chefe do Programa Nacional de Gafanhotos do Senasa, Hector Emilio Medina, postou imagens impressionantes do seu trabalho. Em uma postagem, ele comenta que esta é a primeira vez que em muitos anos o Brasil e o Uruguai aparecem no mapa de alerta da praga.

Fonte: NPR Online