Cotidiano

Moradores de quatro residenciais pedem justiça e denunciam irregularidades

Os problemas vão desde desabamento de forros, estufamento de pisos, vazamentos de água, gás e esgoto e infiltrações

Foto:Reprodução
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Cascavel – Nessa quarta-feira (3), a Comissão de Defesa ao Consumidor da Câmara de Cascavel reuniu moradores dos Condomínios Pazinatto, Jaborá, Quebec e Gralha Azul para tratar das denúncias envolvendo irregularidades na construção dos apartamentos. Os vereadores Celso Dal Molin, Pedro Sampaio e Parra, que integram a comissão, chamaram o Procon e a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) para acompanhar o caso.

Três representações já foram protocoladas pela Comissão da Câmara no Ministério Público Estadual e no Ministério Público Federal para denunciar os problemas, que vão desde desabamento de forros, estufamento de pisos, vazamentos de água, gás e esgoto e infiltrações que ocorrem desde que os moradores foram autorizados a entrar nos apartamentos em 2016.

Celso Dal Molin fez um histórico do caso e relembrou os compromissos assumidos pela construtora Cidade Bela e pela Caixa em reuniões anteriores. “Nenhuma promessa foi cumprida, eles estão enrolando os moradores e nós também”, reclamou Dal Molin. Também a Defesa Civil e os Bombeiros foram acionados sem que fossem tomadas providências.

Daniele Magnabosco, diretora do Procon, assegurou que vai instaurar inquérito conforme as provas coletadas, mas que “o órgão municipal pode, no máximo, multar a empresa e demais órgãos que se omitiram durante esse tempo, porém cabe apenas à Justiça Federal julgar o caso contra a Caixa”. Magnabosco disse ainda que pedirá informações detalhadas ao setor de Licitação da prefeitura e para o setor de Alvará, para comprovar se a construtora Cidade Bela decretou falência e abriu nova empresa com outro nome para continuar construindo.

Cristiano Machado da Silva, síndico do Conjunto Jaborá, relatou que problemas estruturais impedem a passagem de tubulação da Sanepar, relógios de água estão invertidos e há constante vazamento de gás. “A empresa faz apenas maquiagem e vai embora dizendo que o serviço está cumprido. Quando cair o prédio e acontecer uma desgraça, todo o mundo vai se perguntar o que faltou. Estamos gritando aqui o que falta”.

Daiane Bertol, da Comissão de Defesa do Consumidor da OAB, destacou que uma perícia oficial e idônea indicando as condições de segurança dos prédios é urgente e servirá de base para as decisões judiciais posteriores, garantindo aos moradores o direito de se defender.