Cotidiano

Mil pessoas cultivam as 78 hortas comunitárias

Hortas enriquecem alimentação diária e ainda garantem renda extra

Mil pessoas cultivam as 78 hortas comunitárias

Reportagem: Milena Lemes

Desde 2017, Cascavel conta com o Programa Agricultura Urbana, que tem como objetivo ocupar terrenos baldios no perímetro urbano com hortas que são cuidadas por pessoas voluntárias da comunidade. De acordo com o gestor do Território Cidadão, José Carlos da Costa, o Cocão, 270 famílias da cidade são responsáveis por cuidar de 78 hortas. O número corresponde a cerca de mil pessoas.

Porém, a intenção é aumentar o número de famílias e, consequentemente, o número de hortas. Na última semana foi aberto um chamamento público para selecionar quatro entidades que apresentarão o programa para mais famílias do Município.

As famílias responsáveis pelas hortas podem usar os alimentos na própria alimentação diária, comercializá-los ou doá-los. É o caso de Valmir Baron, que cuida de uma horta há cinco meses no Bairro Claudete. “Nós ainda não vendemos nada, mas sempre estamos doando para vizinhos, para algumas pessoas da prefeitura… para nós é uma forma de manter o lote limpo e de distrair a cabeça”.

Ele cultiva alface, feijão de vagem, mandioca e batata-doce.

Mais famílias

Nessa terça-feira (14) mais dez famílias foram inseridas no Programa Agricultura Urbana na região do Jardim Aclimação, zona oeste de Cascavel. De acordo com a coordenadora do Instituto Colmeia – uma das entidades associadas ao programa -, Elaine Marchioro, as famílias foram selecionadas em parceria com a Associação de Moradores do Jardim Aclimação, com a Pastoral do Migrante e com a Secretaria de Saúde. Após o cadastro, elas recebem as orientações necessárias.

Cada família fica responsável por um canteiro e, conforme desenvolve o trabalho, pode receber um espaço maior para cuidar.

Há um mês Vilma de Moraes plantou abobrinha, feijão, quiabo e batata-doce: “A gente começou agora, mas vai ajudar, porque tudo o que você planta você colhe. Para mim, foi muito bom entrar no programa e ter algo para trabalhar”.