Cotidiano

“Mercadinho de bairro” cresce durante a pandemia

 

 

 

Um levantamento feito pelo Sebrae aponta que, nos últimos anos, os tradicionais mercadinhos de bairro ganharam mais importância na vida dos brasileiros e um maior espaço na economia. Os números mostram que o comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios – minimercados, mercearias e armazéns – registrou uma alta na abertura de novos negócios no período de 2018 a 2021, com destaque para o período da pandemia, quando o volume de novos empreendimentos cresceu 12 % entre 2020 e o ano passado.

Ao avaliar essas novas empresas abertas, segundo o porte, o destaque ficou para os Microempreendedores Individuais (MEI), que saltaram de pouco mais de 38 mil novos empreendimentos formalizados em 2018 para 56.371, em 2021.

Atualmente, o Paraná conta com 28.964 negócios ativos no setor supermercadista. Deles, 23.915 são minimercados, mercearias e armazéns (82,57% do total), 4.002 supermercados (13,82%) e 1.047 hipermercados (3,6% do total). Enquanto isso, a capital paranaense possui proporções similares: são 3.284 empresas ativas no setor, sendo 2.844 minimercados, mercearias e armazéns (86,6% do total); 270 supermercados (8,2%); e 170 hipermercados (5,2%).

“Essa foi uma atividade que cresceu muito e ressalto, principalmente, o papel das compras menores, aquelas semanais. O poder de compra do brasileiro vem diminuindo e não há mais espaço para a compra mensal. Com a alta dos preços dos alimentos e do combustível, o cliente se desloca, no máximo, para um mercadinho do próprio bairro, onde adquire o necessário”, disse o analista da Unidade de Competitividade do Sebrae, Vicente Scalia