Cotidiano

Mais de 70 toneladas de lixo são recolhidas na BR-277

O serviço de limpeza e conservação é realizado diariamente de Foz do Iguaçu a Guarapuava

Foto: Divulgação
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Foz do Iguaçu – Mais de 70 toneladas de lixo jogadas na BR-277 por ano. Esse é o volume recolhido pela Ecocataratas ao longo dos 387,1 km da rodovia, no trecho entre Guarapuava e Foz do Iguaçu. Esse montante de lixo recolhido a cada ano pela concessionária equivale a 12 caminhões-caçambas superlotados de material reciclável, rejeitos e descartes de pneus.

O volume é grande e, segundo Marcelo Rançan, analista de Sustentabilidade da Ecocataratas, cresce a cada ano. Os serviços de limpeza e conservação na faixa de domínio, pistas e acostamentos, são feitos diariamente.

“Mesmo com as frequentes ações de conscientização ambiental desenvolvidas pela Ecocataratas, o montante de material despejado na rodovia preocupa. São aproximadamente 600 kg de material reaproveitável recolhidos mensalmente e mais 300 kg de rejeitos, retirados da faixa de domínio, canaletas, pista e acostamento”, revela Rançan. “Os resíduos encontrados com mais regularidade são garrafas Pet, latas de alumínio, pneus velhos e restos de entulhos, além de galões para armazenagem de combustível e óleo lubrificante”, completa.

Somente os pneus velhos e recapes coletados somam em média cinco toneladas por mês, ou seja, cerca de 60 toneladas por ano. Também são descartados irregularmente na faixa de domínio, vários modelos antigos de TV, restos de entulhos de construção e madeira, materiais coletados com recursos próprios da concessionária e destinados de forma ambientalmente correta. Somando todo o lixo recolhido, a concessionária retira anualmente do trecho mais de 70 toneladas.

Campanhas

Por meio de seus canais de comunicação e da área de sustentabilidade, a Ecocataratas realiza campanhas para os públicos interno e externo, com a implantação de placas de sensibilização ambiental em pontos estratégicos da rodovia, com ênfase em áreas próximas a mananciais e de conservação, como o Parque Nacional do Iguaçu. As frentes de trabalho atuam periodicamente para manter as estradas limpas e bem conservadas. As unidades móveis percorrem determinados trechos com escalas pré-definidas.

Local próprio

Segundo Rançan, há uma estrutura de coleta seletiva disponível ao usuário, sem a necessidade de jogar esse lixo na rodovia. Ele lembra que o material acumulado na viagem pode ser corretamente descartado em uma das seis bases do Serviço de Atendimento ao Usuário (SAU), que funcionam 24 horas por dia em Candói, Laranjeiras do Sul, Guaraniaçu, Cascavel, Medianeira e Santa Terezinha de Itaipu.

“Além de encontrar toda estrutura básica de atendimento, os usuários têm a oportunidade de aproveitar a parada de descanso e fazer sua parte na preservação do meio ambiente, com um simples gesto de retirar o lixo de dentro do veículo e depositar nos coletores de resíduos para a correta destinação”, comenta o analista de Sustentabilidade.

Carona para o lixo

“Dê carona para o seu lixo” é a frase estampada na sacolinha distribuída pela Ecocataratas, tradicionalmente na Semana do Meio Ambiente, sendo um recurso importante para diminuir o lixo nas rodovias.

Na área do Parque Nacional do Iguaçu, em um trajeto de 32 km nos municípios de Santa Tereza do Oeste e Céu Azul, a concessionária colocou placas indicativas de alerta sobre a importância de cuidar da natureza.

Em atendimento à legislação e em conformidade com as boas práticas desenvolvidas pela concessionária, desde o ano de 2010 a empresa mantém o Programa Rode Limpo. Trata-se de um Plano de Gerenciamento de Resíduos, promovendo a limpeza, seleção, acondicionamento e destinação ambientalmente correta de todos os resíduos gerados pela aditividade da empresa.

“Todos os resíduos com potencial de reaproveitamento coletados na BR-277 são destinados a centrais de catadores de recicláveis em Cascavel, Laranjeiras do Sul e Santa Terezinha de Itaipu, gerando renda e sustento a muitas famílias”, destaca o analista de Sustentabilidade, Marcelo Rançan.

Alcance social

O material repassado pela concessionária às associações de catadores da região é sinônimo de subsistência para muitas famílias, atesta Darlei Souza, coordenador da Coleta Seletiva da Acaresti (Associação dos Catadores de Resíduos Recicláveis e/ou Reaproveitáveis de Santa Terezinha de Itaipu), fundada em 2004 no oeste do Paraná. Ela é uma as três associações beneficiadas pelo projeto.

“É de boa qualidade e bem separado [o material], sem esquecer de ressaltar o alcance social ao proporcionar condições dignas de subsistência para quase 50 famílias em Santa Terezinha de Itaipu”, afirma o líder.

A Acaresti faz a separação de mais de 30 tipos de materiais recicláveis e recebe todos os dias 120 mil quilos, beneficiando 46 catadores associados, que recebem um aporte entre R$ 800 e R$ 1 mil por mês.