Economia

Indústria mantém liderança na geração de empregos formais no Paraná

Em outubro, o setor teve saldo 28% maior do que o registrado em setembro, com abertura de 8.452 postos de trabalho

Indústria mantém liderança na geração de empregos formais no Paraná

O saldo na geração de empregos formais divulgado nesta quinta-feira (26) pelo Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) confirmou a força e o dinamismo da indústria paranaense. O setor tem puxado o crescimento da empregabilidade em 2020, com geração de 20.900 vagas com carteira assinada, de janeiro a outubro, no estado. No mês, o crescimento foi de 28% em relação a setembro, com abertura de 8.452 novos postos de trabalho.

Uma boa notícia após o impacto significativo que o mercado apresentou nos meses de abril e maio, logo no início da pandemia, quando algumas atividades foram totalmente paralisadas. A boa fase no segmento se deve principalmente ao desempenho do setor alimentício, que em outubro admitiu 1.279 trabalhadores. Seguido pelo polo do vestuário (1.082); fabricação de máquinas e equipamentos (875); e fabricação de produtos de metal (631).

“Mesmo ainda com muitas incertezas neste cenário de pandemia e com dificuldades especialmente para aquisição de insumos, a indústria vem conseguindo atender ao aumento da demanda decorrente da retomada mais intensa do consumo, o que acaba se refletindo diretamente na geração de empregos no setor”, afirma o presidente da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Carlos Valter Martins Pedro.

O economista da Fiep, Evânio Felippe, acrescenta que, das 24 atividades industriais avaliadas, apenas duas (fumo e farmoquímicos) tiveram pequena redução de quadro em outubro, o que é um bom resultado. “Também importante mostrar que o setor automotivo, um dos mais afetados pela crise, já mostrou boa recuperação este mês, com criação de 500 novas vagas”, avalia.

No resultado acumulado no ano, o setor de alimentos permanece entre o maior gerador de empregos formais, com saldo de 10.579 contratados. Fabricação de móveis também vem forte, com 2.459 postos de trabalho criados; seguido por produtos de madeira (2.170); e fabricação de produtos de metal (1.794). “De janeiro a outubro, das 24 atividades industriais analisadas, apenas quatro estão com resultado negativo. O setor do vestuário, que foi um dos mais impactados no início da pandemia, fechou 2.922 vagas, seguido pelo automotivo (-1.914); gráfico (-274); e de bebidas (-207).

Tanto no resultado do mês quanto no acumulado ao longo do ano, a indústria vem confirmando uma trajetória forte de recuperação. “Isso se deve ao dinamismo e diversificação do setor aqui no estado, à trajetória de recuperação no ritmo de produção, às exportações, e também, à retomada da normalidade em outros setores como comércio e serviços, que demandam produtos da indústria”, reforça o economista.

Em outubro, o setor de serviços foi o que mais contratou no Paraná, 12.391 trabalhadores. O comércio ficou em segundo, com 9.423; seguido pela indústria (8.452), construção (3.074); e agropecuário (-332). O saldo geral do mês foi de 33 mil novos postos, com 125 mil admitidos e 92 mil desligamentos. No ano, a indústria mantém a liderança, com 20.900 admissões, seguida por construção civil (18.444); e agropecuária (3.562). Serviços e comércio ainda acumulam fechamento de vagas, com saldo de -1890 e -7.401, respectivamente.