Saúde

Gás de cozinha: Consumo aumenta e botijões “somem”

Assim como o álcool em gel, os vasilhames de gás de cozinha desapareceram

Foto: Divulgação
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Cascavel – A corrida a supermercados e farmácias e a busca insana por máscaras e álcool em gel, tão logo o isolamento social teve início em Cascavel, há duas semanas, também aconteceu em outros segmentos, a exemplo do gás de cozinha.

Nesse caso, essa busca fez sumirem os botijões das revendas, porque muitas pessoas compraram a carga e o vasilhame, para fazer reserva em casa. O aumento na demanda fez com que a queda de 10% no preço do GLP (Gás Liquefeito de Petróleo) anunciado pela Petrobras no dia 30 de março não chegasse ao consumidor, pelo menos em Cascavel.

Uma semana antes já havia sido reduzido em 5% o preço, e no início de março outros 5%. A demanda em alta fez com que nenhum desses reajustes tenha sido repassado no preço final e os consumidores continuam pagando o valor médio de R$ 80 praticado desde o fim do ano passado.

“Houve aumento de 30% a 40% nas vendas diárias em relação ao período anterior ao do isolamento social. Até então, as pessoas que têm mais de um botijão só faziam a recarga quando o gás terminava. Agora, estão com dois ou três botijões cheios, estocados”, conta o empresário do ramo de revenda de gás Moacyr da Silva.

No entanto, ele diz que o reflexo da redução dos preços pela Petrobrás não é automático no comércio: “Deveremos sentir em cerca de dez dias, quando novos produtos chegarem com os preços atualizados”.

Depois de uns dias de “sumiço” dos botijões, o empresário de revenda de GLP Joelson Antônio Maschio diz que os a situação já está normalizada.

Problema é nacional

O desaparecimento de vasilhames, aliás, fez a Liquigás, uma das empresas distribuidoras de gás de cozinha no País, manifestar-se publicamente sobre o assunto: “Em respeito ao consumidor brasileiro, [a Liquigás] vem tranquilizar a população quanto ao abastecimento de GLP. Neste momento, o setor de distribuição de gás enfrenta aumento pontual na procura por botijões ocasionando compras antecipadas. A Liquigás está trabalhando fortemente para manter o abastecimento de sua rede de revendas e ressalta que não há motivo para pânico e estocagem dos botijões”, informou, em nota.