Política

Entidades repudiam novos de cargos comissionados e pedem veto ao governador

As entidades apelaram para “a sensibilidade do governador Ratinho Júnior, a fim de que o Chefe do Executivo Estadual, diante das prerrogativas que lhe cabem, para que vete a criação desses novos cargos comissionados

Entidades repudiam novos de cargos comissionados e pedem veto ao governador

 

Cascavel – Na segunda-feira (2), a Assembleia Legislativa do Paraná aprovou uma série de projetos de lei que tratam do “reforço de cargos” no quadro de servidores do Tribunal de Justiça, do Ministério Público e do próprio Legislativo. As propostas avançaram em primeira discussão durante a sessão ordinária e, em seguida, em segunda discussão, durante uma sessão extraordinária. De acordo com os órgãos, os novos postos vão permitir a ampliação de atendimento à população, agilizando o trâmite de processos.

Mas, a aprovação não foi bem recebida pelas entidades em todo o estado. Em Cascavel, a Acic (Associação Comercial e Industrial de Cascavel), Sinduscon (Sindicato da Indústria da Construção Civil) Paraná-Oeste, Sindicato Rural, Sindilojas, Amic PR (Associação de Micro e Pequenas Empresas do Paraná), Sociedade Rural do Oeste e CDL (Câmara dos Dirigentes Lojistas), divulgaram nota, ontem (3), lamentando a aprovação da criação de novos cargos comissionados e solicitaram ao governador Ratinho Junior que vete a propostas. As entidades que assinam o documento “lamentam a decisão da maioria dos deputados estaduais que votaram pela aprovação da criação de novos cargos públicos comissionados no Paraná. Serão criados, a partir dessa votação, 542 cargos distribuídos entre Ministério Público, Tribunal de Justiça e Assembleia Legislativa, que custarão R$ 102 milhões por ano aos pagadores de impostos”.

De acordo com o documento, a aprovação dos projetos “tornarão o setor público paranaense ainda mais inchado e caro demonstra mais uma vez, infelizmente, como parte dos representantes do povo está distante do que realmente pensam e querem os seus eleitores, membros da comunidade e que também sentem nas costas o peso de uma carga tributária elevada e injusta”.

As entidades apelaram para “a sensibilidade do governador Ratinho Júnior, a fim de que o Chefe do Executivo Estadual, diante das prerrogativas que lhe cabem, para que vete a criação desses novos cargos comissionados. O governo estadual, por reconhecer o momento de dificuldades devido à pandemia e agora à guerra entre Rússia e Ucrânia, não enviou à Assembleia Legislativa projeto pedindo a criação de nenhum novo cargo”.

Além do momento impróprio para a autorização de uma nova despesa pública anual desse tamanho, as entidades “entendem que há outros recursos que poderiam ser empregados para evitar novas contratações. Os melhores exemplos vêm da própria iniciativa privada, como a utilização de remanejamento de pessoal e a adoção de programas que possam levar ao aumento da produtividade”.

 

Foto: Alep