Educação

Educadores do Paraná farão protesto no dia 29 de abril

A categoria chama a data de “Massacre de 29 de Abril”

Ato lembra confronto ocorrido em abril de 2015 - Foto: Joka Madruga
Ato lembra confronto ocorrido em abril de 2015 - Foto: Joka Madruga

Foz do Iguaçu – Professores, pedagogos e agentes educacionais paralisarão as atividades nas escolas da rede estadual de ensino no próximo dia 29 de abril em todo o Paraná. A organização da mobilização em Foz do Iguaçu e nas cidades da região foi definida em assembleia da categoria no sábado (13).

Em Foz, com as aulas e as atividades suspensas nas escolas, os educadores irão se concentrar, a partir das 8h, na Praça da Paz, na Avenida Juscelino Kubitschek, no Centro. No local haverá ato público com apresentação da pauta dos profissionais da educação para a população.

A paralisação lembra o conflito ocorrido no Centro Cívico dia 29 de abril de 2015 entre servidores da Educação e policiais a mando do governo do Estado, os quais usaram bombas de efeito moral e até artefatos aéreos. A categoria chama a data de “Massacre de 29 de Abril” e tinha como principal pano de fundo o protesto a mudanças da previdência do funcionalismo público.

Reivindicações

O movimento também exigirá do governo do Estado a imediata efetivação das pautas que integram a campanha salarial.

Dentre as reivindicações trabalhistas, a principal cobrança é o pagamento da reposição salarial revertendo as perdas da inflação, além de outros 20 itens. A defasagem da data-base acumulada é de 16%, o que representa perda mensal de poder aquisitivo entre os educadores paranaenses.

“Já são mais de cem dias do Governo Ratinho Junior e até agora essa gestão não fez qualquer diálogo objetivo para atender a nossa pauta”, enfatiza a presidente da APP-Sindicato/Foz, Cátia Castro. “Também há a necessidade de se rever medidas que foram implementadas e que afetam a qualidade do ensino”.

“Para agravar, ataques iniciados nas duas administrações estaduais anteriores foram mantidos e até intensificados”, frisa Cátia. Como exemplos dessas medidas estão a redução do número de professores temporários (PSSs), o corte de quatro horas-atividade e o aumento da jornada de trabalho.

“Constatamos mais uma vez que a educação como prioridade não passa de discurso”, afirma a dirigente sindical. “No rico estado do Paraná, funcionárias de escolas, que na maioria dos casos são provedoras das famílias, recebem abaixo de um salário mínimo regional”, enfatiza Cátia.

Pauta ampliada

Já em Curitiba deve haver a mobilização de educadores de todo o Paraná. “É um esforço redobrado para organizarmos a mobilização dos educadores. Teremos a paralisação e o ato público na região, além de juntarmos forças para o protesto maior, que será realizado na capital paranaense”, explica o secretário de Finanças da APP-Sindicato/Foz, Silvio Borges.

De acordo com o educador, o ato público dia 29 de abril em Foz será aberto para outros sindicatos e movimentos sociais. “Nossa pauta inclui a defesa da aposentadoria, então convidamos outras entidades e toda a população para fazermos frente à reforma da Previdência”, declara Silvio.

 

 

 

 

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