Agronegócio

Demissão voluntária no Instituto Emater

O governo do Estado assinou e já está publicado o Decreto 8990 que autoriza o Emater (Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural) a implementar um PDV (Plano de Demissão Voluntária) para renovação do quadro funcional. Os profissionais tiveram dez dias para manifestar interesse em aderir ao plano.

De acordo com o secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, o programa de incentivo à demissão e as novas contratações não gerarão custos extras aos cofres públicos. “Como o edital prevê a indenização de 80% da remuneração por 36 meses aos servidores que aderirem, teremos uma economia de 20% na folha salarial, mais a diferença dos encargos tributários dos profissionais”, disse.

“Os servidores que já fazem parte do quadro são celetistas e os novos entrarão como estatutários no quadro próprio do Instituto Emater, o que reduzirá em um terço os encargos sociais”, explicou o diretor-presidente da Emater, Rubens Niederthitmann.

A renovação do quadro, segundo o Estado, é necessária, já que a última nomeação de técnicos para o instituto foi em 2016. Foram chamados 143 profissionais e o quadro total é formado por 1,2 mil colaboradores.

“Nós precisamos reconhecer os inúmeros esforços dos servidores que ao longo desses 65 anos de Emater ajudaram a formar as políticas do campo no Paraná, além de dar oportunidades aos novos profissionais”, afirmou.

O potencial de adesão é de 330 colaboradores com 35 a 40 anos de trabalho na empresa e média de idade de 60 anos. Caso haja adesão de 220 profissionais será possível o chamamento dos 259 aprovados no concurso.

O objetivo da mudança no quadro é manter a Emater como referência de apoio aos agricultores e de assistência técnica rural no Brasil. “Não estamos enxugando o quadro, estamos renovando a capacidade para o desenvolvimento rural”, disse o secretário Ortigara.

A expectativa é de que com o PDV seja possível o chamamento de engenheiros agrônomos, de pesca e de alimentos, assistentes sociais e economistas domésticos. Ainda não há a divulgação sobre a adesão.