Cotidiano

Cotações do trigo avançam, mas ainda não animam agricultores

Na quinta-feira (2), o preço médio da saca paranaense de 60 quilos era de R$ 33,57

Toledo – O excesso de chuva e a consequente deterioração das lavouras dos Estados Unidos e da Europa se tornou uma dor de cabeça aos agricultores. Entretanto, o problema norte-americano é visto por outros produtores mundiais de trigo como uma oportunidade de negócio e de valorização do produto, visto que em apenas três sessões a cotação do trigo avançou 12%.

Na quinta-feira (2), o preço médio da saca paranaense de 60 quilos era de R$ 33,57, conforme cotação diária do Deral (Departamento de Economia Rural). Os valores mais baixos eram pagos em Cascavel e Toledo, a R$ 32 a saca, e o mais alto em Ponta Grossa, a R$ 39.

Apesar da alta nas cotações, os produtores rurais do Oeste não se animam tanto, já que o produto nem sempre apresenta bons preços na hora de comercializá-lo.

“É muito cedo para fazer uma análise da safra de trigo norte-americana, pois por lá ainda há o fator do mercado climático. Mas, o agricultor brasileiro já está vacinado em relação ao trigo e planta sem contar com preços atrativos”, relata o técnico do Deral de Toledo, João Luiz Raimundo Nogueira.

A produção do trigo só é mantida ainda por determinados fatores, mas nenhum deles se refere ao preço pago pelo produto. Entre eles, está a possibilidade de rotação de culturas, visando à safra de verão. Ou ainda é uma alternativa ao agricultor caso o clima não esteja adequado para o milho.

“O milho safrinha é uma alternativa de mercado. Mesmo que apresente preço baixo, os agricultores vislumbram uma expectativa de venda”.

(Com informações de Marina Kessler)