Economia

Copom reduz a taxa básica de juros para 5%

Esse é o terceiro corte da taxa básica da economia após período de 16 meses de estabilidade

Brasília – O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central decidiu, por unanimidade, reduzir a Taxa Selic de 5,50% para 5% ao ano. Esse é o terceiro corte da taxa básica da economia após período de 16 meses de estabilidade. A Selic atinge novo piso da série histórica do Copom, iniciada em junho de 1996.

Com a economia ainda em recuperação contida e a inflação sob controle, a expectativa majoritária do mercado financeiro era de que a Selic passasse por um novo corte.

No documento, o BC também atualizou suas projeções para a inflação. No cenário de mercado – que utiliza expectativas para câmbio e juros do mercado financeiro, compiladas no relatório Focus -, o BC alterou a projeção para o IPCA em 2019 de 3,3% para 3,4%. No caso de 2020, a expectativa se manteve em 3,6%.

O centro da meta de inflação perseguida pelo BC este ano é de 4,25%, com margem de tolerância de 1,5 ponto porcentual (índice de 2,75% a 5,75%). Para 2020, a meta é de 4%.

Juros reais

Embora a Selic esteja no menor patamar da história, o Brasil ainda está entre os países com as maiores taxas reais (descontada a inflação) do mundo. Levantamento do site MoneYou e da Infinity Asset mostra que o juro real do Brasil, de 1,65%, é o oitavo maior entre as 40 economias mais relevantes. No topo do ranking estão a Argentina (10%), que vive grave crise econômica, e o México (3,37%).

Fed reduz juros pela 3ª vez no ano

O Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, reduziu a taxa básica de juros norte-americana em 0,25 ponto percentual, para o intervalo entre 1,5% e 1,75%. A terceira queda do ano foi anunciada nessa quarta-feira (30) após reunião do Comitê de Política Monetária do Fed (FOMC, na sigla em inglês).

No comunicado, o Fed voltou a apontar que o mercado de trabalho norte-americano continua forte, com a taxa de desemprego seguindo em patamar considerado baixo. Além disso, o Fed citou que a economia segue crescendo moderadamente.

O documento também voltou a citar a fraqueza da pressão inflacionária nos Estados Unidos e as perspectivas sobre a economia global.